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Fora as tropas imperialistas do Iraque!
por : Juan Chingo

28 Sep 2007 | Após o surpreendente informe otimista do general Petraeus sobre a situação no Iraque, o presidente Bush em um discurso ã nação colocou a continuidade da presença norte-americada nesse país...

Após o surpreendente informe otimista do general Petraeus sobre a situação no Iraque, o presidente Bush em um discurso ã nação colocou a continuidade da presença norte-americada nesse país, retirando de forma gradual os 30.000 soldados adicionais que foram enviados neste ano, mas deixando em 2008 mais de 130.000 soldados. Desta forma Bush não só anunciou uma importante retirada como esperava o Congresso e o regime iraniano, mas condicinou a presença de um forte contingente norte-americano nesse país do Oriente Médio ao futuro presidente dos EUA.

Junto a isso reafirmou que sua missão será a mesma que vêm buscando sem êxito até o dia de hoje: conseguir a estabilização do Iraque. Os avanços com os chefes sunitas na província de Anbar (um dos bastiões da insurgência) e, sobretudo, não permitir que o Irã ocupe o vazio deixado por uma retirada total dos EUA, tal como colocou a Condolessa Rice, foram os principais argumentos utilizados por Washington para a acontinuidade da atual estratégia. Junto com esse movimento inesperado para o regime iraniano, no domingo o ministro de Assuntos Exteriores da França, Bernard Kouchner, assegurou que a França tem que estar preparada “para o pior, que é a guerra” com Irã, ainda que matizou que não é algo que vá acontecer no momento. No dia seguinte, junto a seu par holandês, se pronunciaram a favor das sanções ao Irã fora do marco da ONU, para pressionar a Teerã com a finalidade de que suspendam o enriquecimento de urânio.

Estas medidas subiram a aposta contra o regime iraniano. A presença de tropas norte-americanas por um londo período no Iraque e o crescente compromisso dos EUA com a comunidade sunita (em sua última viajem ao Iraque, Bush esteve na província de Anbar) não somente complica os planos do Irã de consolidar seus lucros no Iraque mas também o coloca na pouco confortável situação de estar submetido a uma constante ameaça de segurança norte-americana perto de sua fronteira.

Por sua vez, a questão nuclear pode ser usado em qualquer momento por Washington, assim como pelos imperialismos europeus, a favor de uma ação militar contra o Irã. No imediato, estas ações buscam que o regime iraniano que se mostrava novamente fortalecido frente ã deteriorada posição norte-americana no Iraque, antes do informe de Petraeus, se aproxime de novo ã mesa de negociações com os EUA sobre o futuro do Iraque.

Enquanto isso a Rússia segue usando o empantanamento norte-americano no Iraque para recompor sua área de influência. Em uma recente viajem do ministro de relações exteriores iraniano ã Moscou as autoridades russas se comprometeram a terminar os trabalhos da central nuclear de Bushehr. Em 10/10 Putin realizará uma visita ofensiva ã Teerã. Os russo lhe estão assinalando aos EUA que estariam disposto a honrar seus compromissos nucleares e vender armar sofisticadas ã Teerã - o que faria altamente custosa e desgastante inclusive uma operação aérea de Washington- a menos que a Casa Branca aceitar a recuperação da Rússia de sua ex-área de influência.

O regime do Irã deve recalibrar suas opções: converter-se cada vez mais em uma peça russa contra as ambições hegemonistas de Washington ou aceitar uma negociação com os EUA sobre o Iraque. O Irã pode optar por minar a posição norte-americana no Iraque ao custo de se fazer mais dependente de Moscou. Ou chegar a um acordo com os norte-americanos, que lhe ortoguem uma considerável influência noIraque mas não seu domínio, com como aspiram. Por sua parte, a decisão de Bush, ainda que signifique uma resposta para o cenário regional tem uma grande pata frouxa: a continuidade de um conflito estendido no Iraque segue extenuando os recursos norte-americanos e limitando o alcance de sua influência estratégica em outras regiões do mundo. É esta janela de possibilidade que Putin está usando.

Todos estes jogos das grandes e pequenas potências sobre o sangue e a devastação iraquiana não são nenhum negócio para o movimento de massas. É necessário que sejamos nós trabalhadores e o povo os que tiremos partido da atual debilidade norte-americana e voltemos a colocar, como antes do começo da guerra, um forte movimento de massas nas ruas que luta pela retirada de todas as tropas imperialistas do Iraque, Afeganistão e todo o Oriente Médio, pela derrota dos invasores imperialistas e pelo cessar de toda ameaça dos EUA ao Irã e de seus novos lacaios europeus como Sarkozy e Kouchner.

 

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