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A "Operação Emmanuel" e o tabuleiro político latino-americano
por : Celeste Murillo , Juan Andrés Gallardo

04 Jan 2008 |

Esta versão foi publicada originalmente na sexta-feira, 4 de janeiro, na página da web da Fração Trotskista-Cuarta Internacional (www.ft-ci.org) e atualizada na quarta-feira, 9 de janeiro.

I

Durante os últimos anos, a América Latina viu surgir novos governos, expressão do desvio dos importantes embates de massas que a região viveu e que terminaram com a queda de presidentes como na Bolívia, na Argentina e no Equador. Estes se apresentaram, com um discurso pós neoliberal, como os administradores da crise capitalista, começando em grande medida a desviar os processos de luta em curso, apoiados numa conjuntura econômica favorável que já leva mais que 4 anos.

Por sua vez, apesar das adversidades que vêm enfrentando os EUA, como o fracasso do golpe contra Chávez em 2002, o fracasso da ALCA e disputas com vários países, se mantêm na região diferentes “bastiões” ou aliados da política norte-americana no continente. Em diferentes graus, países como Colômbia, México, Chile, Peru e a maioria dos países centro-americanos, seguem expressando a política imperialista mais concentrada, através de tratados bilaterais, distintos TLC (Tratado de Livre Comércio), ajuda financeira e militar.

Enquanto fenômenos como o chavismo na Venezuela ou o governo de Evo Morales na Bolívia começam a mostrar incipientes sinais de esgotamento e maiores contradições, o imperialismo norte-americano não só mantêm uma política de “amizade” com alguns dos atores regionais como o Brasil, que se apresenta como garantia da ordem no Cone Sul, mas também desenvolve uma política contra-revolucionária mais agressiva de intervenções e apoio financeiro e militar como é o caso da chamada “guerra contra as drogas”, que encontra no Plano Colômbia sua máxima expressão, mas que também se reflete no recente pedido de Bush ao Congresso para estender os fundos para a “luta contra o narcotráfico” no México e na América Central.

O “pacote” de ajuda financeira inclui “equipamentos, capacitação para policiais e a troca de informação”. Isto não é mais que uma intervenção imperialista mais direta sobre estes países, tratando de balancear a perda de influência em outros, configurando um mapa político regional dividido, e alimentando crescentes tensões entre os diversos atores políticos latinoamericanos.

Neste marco, as negociações que vem sendo realizadas há meses e que incluiu o fracasso da “Operação Emmanuel”, mostram abertamente muitas das contradições que atravessam o continente. Se trata de um conflito no qual estava em jogo interesses cruzados com atores tão diversos como as FARC, Chávez (e os enviados da Argentina, Brasil, Bolívia, Cuba, Equador, França e Suiça), o presidente colombiano, Alvaro Uribe, e o próprio EUA, que tem Uribe como um dos seus principais aliados na região.

A viagem de Uribe ã Villavicencio e o anúncio de que as FARC não tinham Emmanuel em seu poder, confirmado dias mais tarde, deram por encerrada a “operação Emmanuel”. Ao fechamento desta edição, Chavéz anunciava que as coordenadas de onde se encontraria Clara Rojas e Consuelo Gonzáles haviam sido entregues, abrindo a possibilidade de uma nova missão a se concretizar na quinta-feira, dia 10.

Este novo cenário é diferente do anterior, onde Chávez era o principal beneficiário do “triunfo político” caso tivessem libertado os reféns sob suas condições, que o colocava como o claro interlocutor das FARC e garante a libertação, junto aos enviados internacionais. As FARC, por sua vez, conseguiam um reconhecimento internacional importante, contrariamente de ser considerada uma organização “terrorista”. Este cenário era intolerável desde qualquer ponto de vista tanto para Uribe como para os EUA.

Hoje Uribe frente o triunfo político “inesperado”, em parte pelo reconhecimento das FARC da identidade de Emmanuel em mãos do estado colombiano, volte a recuperar a iniciativa política, tentando capitalizar de alguma maneira a possível liberação de reféns. Se a nova missão tem êxito e finalmente sejam liberadas as reféns mulheres, pelo golpe que significou para a credibilidade das FARC o anúncio sobre o paradeiro de Emmanuel, estas somente poderiam diminuir os custos do fracasso da missão anterior.

Entretanto, seria precipitado dizer como se reordenará o complexo cenário, nem como saírão os atores políticos, quanto ainda não se conhecem nem as reais condições, nem se finalmente poderá se concretizar esta nova missão.

Interesses enfrentados

O governo de Chávez, que acaba de sofrer sua primeira derrota eleitoral no referendo constitucional de 2 de dezembro, subproduto de uma enorme abstenção de sua própria base social e da enorme polarização política venezuelana, tratou de converter essa operação numa fonte de oxigênio político. A criação do Banco do Sul e os chamados a formar parte do Mercosul no começo de dezembro haviam significado um respaldo, sobretudo da parte dos governos da Argentina e do Brasil. A possibilidade de liberar com êxito as reféns das FARC, ainda que não subproduto de uma missão dirigida pela Venezuela, mas “co-dirigida” com a Colômbia, significaria um certo reconhecimento internacional que também lhe permitiria diminuir o efeito negativo do fiasca da “operação Emmanuel” e afrontar em melhores condições a situação interna após o referendo [1]

Por sua parte, os governos da Argentina e do Brasil em menor medida, que tinham tido uma presença importante como comissionados, e que tinham saído “mal parados” do fracasso da missão anterior, poderiam também ver amenizado os custos deste fracasso se os reféns são libertados.
O que fica demonstrado então, é que frente ao fracasso da “operação Emmanuel” a possibilidade de uma nova missão reflete um reordenamento distinto dos atores políticos em jogo.

Um ano complicado para Uribe

O governo de Uribe acaba de terminar um ano no qual sofreu distintos tropeços e 2008 não parece que será melhor que isso. Durante os últimos meses aumentaram as pressões internas e externas para chegar a um “acordo humanitário” que permita o intercâmbio de cerca de 45 reféns em poder das FARC, em troca da liberação de mais de 400 membros dessa organização que se encontram nas prisões colombianas. Esta exigência bate de frente com a “política de segurança democrática” com a qual Uribe vem governando desde 2002 e com a qual pretende construir redes de civis que sejam informantes das forças de segurança enquanto que diante da pressão para avançar em um intercâmbio com as FARC, sempre manteve uma posição de ataque militar unilateral para resgatar os reféns, o que é rechaçado do plano pelos familiares.

Em agosto de 2007, a primeira tentativa de mediação de Chávez e da senadora colombiana opositora Piedad Córdoba teve o objetivo de permitir um “diálogo” no qual não haveria nem vencedores e nem vencidos. O direitista Uribe deveria suportar que Chávez instalasse as FARC como uma das “partes em conflito”, ainda que ao mesmo tempo a participação do presidente venezuelano era uma lavada de cara para seu governo, questionando por seus laços com os paramilitares.

Entretanto, Uribe que se nega a reconhecer as FARC como ator beligerante no conflito armado com o Estado colombiano, considerando-a junto com os EUA uma organização terrorista, terminou abruptamente as negociações em novembro de 2007, desencadeando uma série de disputas diplomáticas entre a Colômbia e a Venezuela. Diante da possibilidade de uma represália por parte de Chávez, os próprios empresários colombianos pressionaram Uribe para que o mesmo “redefina o fim do confronto”, lembrando-o os mais de 4 milhões de dólares de comércio que a Colômbia mantém com a Venezuela.
Estas pressões se somaram aos escândalos da “parapolítica” nos quais, por seus nexos com os paramilitares, mais de 20 congressistas, 14 deles uribistas, estão na prisão, e altos funcionários devem renunciar a seus cargos. Durante 2008 se espera que os políticos processados cheguem a mais de 50. O próprio Uribe tem aparecido em fotos e videos com chefes paramilitares em sua campanha presidencial de 2002, e é acusado de haver dado apoio ã formação de grupos paramilitares durante seu mandato como governador de Antioquia em meados da década de 1990.

O desenvolvimento deste processo pode acabar degradando ainda mais a popularidade que Uribe ainda conserva e levar a uma maior disputa entre seus aliados políticos em um “salve-se quem puder”, quando ainda lhe falta cumprir a metade de seu mandato. Como explica um analista colombiano “a capitura e o julgamento de políticos, empresários e militares vinculados a grupos armados, que à luz dos observadores internacionais não é outra coisa que um resultado exitoso e conveniente para o fortalecimento da democracia colombiana, acaba convertido num fator de pressão política permanente e em uma fonte de erosão de sua legitimidade” (Revista Cambio, 27/12/2007).

Diante desse cenário, Uribe que até poucas semanas anunciava sua luta por um terceiro mandato depois de 2010, teve que desistir dessa idéia. É certo que o anúncio sobre a identidade de Emmanuel e a possível liberação dos reféns em um cenário mais “favolrável”, dão para Uribe uma dose de oxigêncio político. Entretanto, os próximos meses serão chave para saber como avançam os julgamentos pelos escândalos da “parapolítica” e se o Congresso apoiará ou não as leis enviadas por Uribe para oferecer uma sorte de anistia generalizada para os paramilitares que se “desmobilizaram” nos últimos anos e penas menores para os políticos que os apoiaram. Vale recordar também que os grupos paramilitares apadrinhados pelo Estado colombiano, e financiados pelos empresários e latifundiários, são os responsáveis pelas perseguições e assassinatos de trabalhadores e camponeses, custando a vida de mais de 2500 dirigentes sociais desde 1991 [2], sem contar a prisão de centenas de pessoas acusadas de estarem vinculadas as FARC.

O Plano Colômbia e as FARC

As expectativas lançadas em torno da possível liberação dos três reféns, Clara Rojas, seu filho Emmanuel e Consuelo González, desapareceram de uma vez quando, após várias idas e vindas sem que as FARC confirmassem as coordenadas nas quais se dariam a entrega, o presidente Uribe junto de seu comissionado e os altos funcionários do exército fizeram sua aparição em Villavicencio para tentar retomar o controle da situação, após vários dias nos quais Uribe havia ficado em segundo plano em seu próprio país. Pra além da conferência de imprensa na qual fez o “surpreendente” anúncio da hipótese sobre a identidade de Emmanuel, mais tarde comprovada, tal reviravolta na situação tem razões profundas.

Não se trata apenas de que nem o próprio Uribe e nem o imperialismo norte-americano estavam dispostos a entregar de bandeja um triunfo diplomático a Chávez, o que haveria significado um reconhecimento de forças inaceitável para os prmeiros, mas que as apodrecidas relações entre o Estado colombiano, o paramilitarismo e o narcotráfico se vêm reforçadas com os milhões de dólares que recebem as Forças Armadas por meio do Plano Colômbia, e que para manter-se necessitam de um estado de tensão permanente com as FARC. É tanto o dinheiro como as forças interessadas em evitar qualquer tipo de acordo humanitário e mais ainda algum tipo de perspectiva de “paz duradoura”.

As FARC por sua vez há tempos necessitavam sair do isolamento na qual se encontravam há anos para tentar se desvincular do rótulo de “organização terrorista”, com o qual Uribe as vem catalogando. A última série de negociações, apesar dos tropeços ocorridos, vem lhes permitindo ganhar certo reconhecimento internacional.
Entretanto, as aspirações das FARC, e também de Chávez, pareceram ir mais além. Tanto numa reportagem que o segundo das FARC, Raúl Reyes, deu ao diário argentina Clarín há uns meses, como em várias das recentes mensagens que deu Chávez, ambos colocaram a possibilidade de avançar até um “acordo de paz” mais duradouro, que poderia terminar com a integração definitiva das FARC, ou ao menos de uma parte desta organização, ao regime político colombiano. Fica claro que o presidente venezuelano pareceria uma peça chave, capaz de converter-se num “facilitador” desta tarefa. Entretanto, dificilmente o imperialismo norte-americano e o presidente Uribe, ainda com as dificuldades que vêm sofrendo, permitam que um processo desta magnitude se desenvolva “pacificamente” e menos anda que seja encabeçado por Chávez.
A situação colombiana, com todos os elementos que comentamos acima, expressa de maneira condensada muitas das tensões que atravessa a região, onde, apesar da relativa “autonomia” da qual gozam muitos dos governos pós neoliberais - sobretudo no Cone Sul -, a debilidade norte-americana não se traduz num vazio de intervenção, mas no fato de que sua política de intervenção contra-revolucionária mais direta segue se desenvolvendo e expandindo como no México e na América Central, gerando tensões na América Latina. Os recentes acontecimentos na Colômbia são a mostra mais palpável desta situação.

II

As FARC e a política dos revolucionários

As origens das FARC

Entre os anos de 1948 e 1958 se desenvolveu na Colômbia uma guerra civil, com eixo nas principais cidades como Bogotá, com grande protagonismo operário nas greves petroleiras e mobilizações populares. Todo o país se alça em armas contra os conservadores, até que em 1953 o Partido Liberal, com grande peso de direção no movimento de massas - em menor medida o Partido Comunista Colombiano (PCC) - abandona a luta armada e pactua com o governo. Os latifundiários aproveitam para lançar uma contraofensiva para recuperar as terras que os camponeses haviam conquistado nos anos anteriores. As massas rurais contestam com uma ampla insurreição agrária, põe de pé “repúblicas independentes” onde não entra nem o exército e nem o Estado, e onde quem manda são os camponeses armados.

Frente a política conciliadora do Partido Liberal de pactuar uma e outra vez com o governo até abandonar definitivamente a luta armada, o PCC isolará o movimento armado dos camponeses e o subordinará a sua estratégia de colaboração de classes com a burguesia “democrática” e seus representantes da ala “progressista” do Partido Liberal.
Em 1964, em resposta a uma violenta campanha militar que assassinou cerca de 160 mil camponeses com bombardeios massivos, surgem na Colômbia três organizações armadas: FARC, ELN e EPL.

Ainda que herdeiras do profundo processo de luta armada camponesa pela terra, que explica sua persistência por décadas, as FARC nascem enquadradas e distorcidas pela direção do PCC, até moldá-las como “partido-exército” de estrutura duramente vertical e métodos tipicamente stalinistas, que chegaram em mais de uma ocasião ã execução de dissidentes ou de membros de outras correntes políticas e guerrilheiras.

O rígido enquadramento stalinista das FARC fez com que o ELN castrista e o EPL maoísta surgissem por fora delas, como rupturas com o tronco tradicional pro-Moscou do stalinismo. Estas foram guerrilhas distintas por sua origem e base social, menos camponesa e mais centrada em setores urbanos.
Por longos períodos as FARC vegetaram em pequenos setores do território, desta forma o PCC a transforma numa mera ferramenta de pressão sobre o regime e para manter sua influência sobre os setores radicalizados do campo, facilitando por sua vez o enquadramento como “partido-exército” centralizado, ainda que conservando fortes laços com a base camponesa. Desde o começo dos anos 1980 começam a expandir seu raio de ação e influência e até 1985 recuperam ampla base. Entretanto, durante os últimos anos o aumento dos sequestros e a quantidade de reféns em poder das FARC e o fato de ser catalogadas como uma organização terrorista a nível internacional, vinham colocando essa organização num grande isolamento político.

Aonde vão as FARC?

Denunciamos a hipócrita política dos EUA e o governo direitista de Uribe que considera as FARC como uma “organização terrorista”, que é utilizada como fundamento para redobrar as cadeias de opressão imperialista no país por meio do Plano Colômbia como principal instrumento. Os socialistas revolucionários defendemos incondicionalmente as organizações guerrilheiras camponesas como as FARC frente a repressão e perseguição do Estado burguês ou do imperialismo. Apesar das enormes diferenças políticas e estratégicas que mantemos com as FARC, os revolucionários fazemos nossa sua exigência de ser considerada como força beligerante, o que implica ter todos os direitos que a legislação internacional fixa para qualquer exército, sendo uma organização que controla um amplo território e com um exército de milhares de camponeses.

Entretanto, não podemos deixar de denunciar a nefasta política e estratégia da cúpula das FARC, oposta pelo vértice ás necessidades da mobilização dos trabalhadores e camponeses da Colômbia. Se a estratégia guerrilheira de Guerra Popular Prolongada foi defendida em seu momento como uma estratégia exitosa para países de base essencialmente camponesa e sujeitos a uma forte pressão imperialista, as derrotas que vem tendo as FARC nos últimos 40 anos demonstram que sua aplicação num país semicolonial com 75% de sua população urbana como Colômbia, com uma ampla classe operária, acaba dando como resultado uma política completamente impotente. Assim, as FARC vêm limitando sua estratégia cada vez mais a pressionar para conseguir algumas reformas políticas uma vez que abrem o caminho para integrar-se ao regime burguês colombiano. Mostra disto são as declarações de um de seus máximos dirigentes, Raúl Reyes, ao afirmar que poderiam formar parte de “uma coalizão para conformar um governo pluralista, patriótico e democrático, que se comprometa com a verdadeira paz (...) como por exemplo um governo do Pólo Democrático Alternativo” (Clarín, 27/08/07). Lembremos que o mesmo Pólo Democrático surge como um processo de integração ao regime burguês de parte dos dirigentes da velha guerrilha do M19 e que hoje conforma a principal força de oposição burguesa de centro-esquerda. É necessário assinalar aqui que o M19 não fez mais que recorrer ao mesmo caminho do FSLN e do FMLN durante a década de 1980, na Nicarágua e em El Salvador respectivamente. No atual mandato de Daniel Ortega na Nicarágua, podemos ver a viva mostra da profunda integração ao regime a que leva a estratégia do “reformismo armado”. A impotência desta estratégia pode se ver tamém em seus métodos, como o que levou ás FARC a manter uma negociação envolvendo atores internacionais sem ter Emmanuel em seu poder, que se transformou em um triunfo político “servido em bandeja de prata” para Uribe num momento de grande dedilidade.

Na Colômbia é impossível conseguir as demandas dos trabalhadores e das massas pobres sem atacar as bases da propriedade dos latifundiários, os grandes empresários e expulsar o imperialismo do país, começando por derrotar definitivamente o Plano Colômbia e acabar com a ingerência norte-americana no país. Entretanto, como demonstra a política das FARC, isso não é parte de sua estratégia de colaboração de classes, que pretende subordinar os operários e camponeses ao seu discurso de um governo “patriótico e democrático” até uma política burguesa, convertendo-se num obstáculo para a aliança operária e camponesa. Esta política de colaboração de classes também é compartilhada pela burocracia sindical da CUT e pelo Pólo Democrático.

Diante desta política é necessário impulsionar a unidade da luta dos trabalhadores e camponeses para derrotar o governo narco-paramilitar de Uribe e suas políticas anti-operárias, e impôr a realização íntegra e efetiva das demandas de terra, pão, trabalho, liberdade e libertação nacional. Honestamente nós acreditamos que somente a classe trabalhadora dirigida por um partido operário, revolucionário e internacionalista poderá acaudilhar as grandes massas camponesas e do povo pobre da Colômbia para lutar consequentemente por este programa e esta estratégia.

Traduzido por Diana Assunção

 

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