As autoridades da petroleira estatal PDVSA e do Ministério do Trabalho demitiram o companheiro Orlando Chirino, reconhecido dirigentes sindical e da esquerda que, junto aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras, e dos setores populares, enfrentou o golpe de estado pró-imperialista de abril de 2002 e a posterior paralisação-sabotagem patronal, na qual os trabalhadores e trabalhadoras e povo pobre recuperaram e puseram para produzir vários setores da PDVSA, que a reação pró-imperialista queria paralisar.
O companheiro, ainda que impulsionou a campanha de Chávez pelos 10 milhões de votos para as eleições de 2006, agora corretamente chamou a votar nulo tendo se negado a apoiar a reforma constitucional de Chávez, que propunha para conseguir a reeleição indefinida, aumentar seus poderes e controlar ainda mais as organizações sociais e sindicais. Mais ultrajante ainda é que ao mesmo tempo Chávez anistiou a vários participantes do golpe de 2002, sinistras figuras da reação pró-imperialista interna.
Este avanço do governo de Chávez sobre a autonomia sindical começou já com a formação do PSUV, ao qual se deveriam subordinar todas as organizações. Chávez declarou neste momento que aquele que não entrasse no partido era um “traidor da revolução”. Seguiu com a reforma constitucional que fracassou no recente referendo. Estas tentativas de reforçar o poder do regime e disciplinar aqueles que não se subordinam a seu “socialismo com empresários”, tiveram sua expressão mais clara na marginalização e posterior repressão aos trabalhadores da Sanitarios Maracay que exigiam a expropriação sob controle operário da empresa [1].
A demissão de Chirino é um novo ataque a todos os trabalhadores e suas organizações que deve ser repudiado energicamente. Por isso, aderimos e impulsionamos com todas as nossas forças a campanha internacional pela sua imediata re-incorporação e contra qualquer tipo de represália política.
Fração Trotskista - Quarta Internacional
|