Talvez se salve, não se pode descartar. As autoridades norte-americanas e os bancos centrais do mundo inteiro estão fazendo o impossível, ainda que arrastados pelos acontecimentos. Mas nunca, desde a crise de 1929, a economia norte-americana esteve tão perto do crack [1]. Como disse o ex-presidente da FED, Alan Greenspan, são fenômenos que acontecem “uma vez a cada meio século, provavelmente em um século”.
A crise já liquidou o dogma neoliberal de que o mercado arruma tudo. Mas também, contra o que sustentam alguns economistas neo-keynesianos que agora começam a levantar a cabeça, essa crise não é produto do “neoliberalismo”, na realidade, a hipertrofia financeira em queda é um subproduto da única saída capitalista possível ã crise de sobre acumulação de capitais que teve lugar desde o fim do boom do pós-guerra.
A queda dos pesos pesados das finanças norte-americanas como Lehman Brothers, o quarto banco de investimento dos Estados Unidos e que havia sobrevivido ã Guerra Civil, ás duas Guerras Mundiais e ã Grande Depressão ou de Merril Lynch com 94 anos de existência, ou o colossal salvamento da gigantesca seguradora AIG, só pode levar a um maior descrédito da ideologia de “livre mercado” da classe dominante norte-americana, assim como do seu sistema político e econômico até pouco tempo apresentado como a panacéia capitalista em todo o mundo.
A Federal Reserve por trás dos acontecimentos
As autoridades da Federal Reserve (FED, o banco central norte-americano) e o Tesouro norte-americano, os únicos “pilotos” que sobram em meio ao devastador furacão financeiro, marcham a reboque da fenomenal onda de choque.
Pressionados pelo papel dos gigantes Fannie Mae e Fredy Mac no mercado imobiliário e, sobretudo porque sua queda teria afundado os investidores estrangeiros como China, Rússia e Japão que financiam o enorme déficit de conta corrente dos Estados Unidos, realizaram a chamada “mãe de todos os resgates”. Querendo aparentemente restabelecer as regras do mercado, enquanto pediam de joelhos aos poucos bancos “meio sãos” que há no país que salvem aos “estragados”, deixaram cair o Lehman Brothers, o que precipitou por sua vez a venda de Merril Lynch ao Banco da América, em um ato de desespero antes que essa entidade tivesse a mesma sorte que o Lehman. O desenvolvimento sem precedentes - impensável até pouco tempo - da possibilidade de um default do governo norte-americano, que ainda que em baixas proporções começou a ser avaliado pelos mercados creditícios, rondava também sobre a cabeça de Henry Paulson, secretário do Tesouro, para adotar esse caminho. Mas o FED, com o aval do Tesouro ofereceu um empréstimo de 85 bilhões de dólares, para evitar a quebra da principal seguradora do mundo, AIG, nacionalizando de fato o mercado de seguros, ainda que, ao contrário do esperado, sem acalmar os mercados. Por sua vez, por outras vias continuam abrindo ainda mais a torneira de liquidez com medidas cada vez mais desesperadas como rebaixar a qualidade creditícia dos ativos admitidos a prestação nas janelas da liquidez do FED, até incluir valores de renda variável, e inclusive permitir que as entidades possam usar os depósitos de seus clientes para financiar seu banco de investimento. Ou seja, utilizar os depósitos dos poupadores para evitar a quebra de suas atividades especulativas. Incrível!
Contudo, apesar dessas “medidas de contenção” a crise não pára e promete chegar a novos bancos. Acontece que a quebra de Lehman, pode iniciar uma corrida sobre o que resta dos bancos de investimento como Goldman Sachs ou Morgan Stanley, ou outros bancos de investimento ou brokers que são parte de grandes bancos comerciais como o JP Morgan e o Citigroup. Os problemas repetem-se em outras entidades como Washington Mutual (WaMu), cujas ações caíram drasticamente, ao gerar desconfiança nos investidores da capacidade da principal caixa de poupança estadunidense para captar capital novo ou encontrar um comprador que permita continuar com seu negócio. Por sua vez, outra entidade financeira sobre a qual o mercado centra suas preocupações é Wachovia, um dos maiores bancos comerciais que sofreu perdas de 16 bilhões de dólares, como conseqüência da crise creditícia originada pelas “hipotecas lixo”. Sem falar dos milhares de bancos locais ou regionais que podem quebrar. Como se vê não há segmento do sistema financeiro norte-americano que se salve, na maior crise financeira desde a Grande Depressão e que disparou por sua vez o maior processo de concentração e centralização de capital bancário e financeiro desde os anos 30. Em bom português, estamos frente ã sobrevivência dos mais fortes seja mediante a quebra das entidades com menor base de capital ou mediante a absorção e criação de mega-entidades como o Banco da América, que já havia absorvido a hipotecária Countrywide Financial e agora ficou com o banco de investimentos Merril Lynch, que tem um tentáculo em todos os setores do sistema financeiro norte-americano. Ainda se verá se isso foi um bom negócio ou se, pelo contrário, os títulos ruins (tóxicos, na linguagem financeira desses dias) que receberam das entidades compradas com problemas não podem atormentar seus novos donos, fazendo ruir suas reservas (ou base) de capital. Questão que abriria uma perspectiva ainda mais perigosa para o conjunto do sistema financeiro já que quanto mais mega-gigantes bancários surjam como resultado da crise, mais forte pode ser sua queda.
Por sua vez, a ruína do principal banco hipotecário do Reino Unido, HBOS, em conversações com seu rival britânico Lloyd TSB, mostra que a crise financeira não se limita aos Estados Unidos. Os temores de que HBOS não seja capaz de refinanciar 100 bilhões de libras nos próximos meses e que não possa encontrar fundos para fazê-lo nas atuais condições do mercado puseram essa companhia em coma.
A culpada não é a regulação “deficiente”, mas a sede de lucro insaciável
A atual ruína dos bancos de investimento e seu caráter opaco deram lugar a uma série de analistas que, frente ã hipertrofia e maior sofisticação do sistema financeiro, culpa os organismos reguladores que imbuídos de uma lógica liberal não estiveram ã altura da necessidade de impor um forte controle a essas práticas bancárias. Essa explicação ignora as causas reais e é uma visão interessada dos apologistas do sistema, hoje em retirada, que naturalizam o capitalismo e consideram que o único problema são seus excessos. No entanto, a explicação é outra.
O desenvolvimento dos bancos de investimento e a titularização que a acompanhou como a sombra ao corpo, em outras palavras, a transformação de todo crédito em um título negociável, que cresce exponencialmente desde o começo da ofensiva neoliberal há 30 anos, foram ações do capital (mais precisamente do capital enquanto propriedade) de submeter e limitar a autonomia da parte produtiva do capital para aumentar os rendimentos do capital investido. A titularização universal que se gerou em detrimento do papel intermediador do banco antigamente, para um financiamento mais direto seguindo a lógica de não estar atado ã gestão dos ativos reais para buscar de forma permanente o melhor rendimento. A crescente exposição ao risco, inclusive com uma pequena base de capital, ou o fato de que grande parte da expansão de produtos e serviços financeiros nos últimos cinco anos encontrava sua origem em transações entre entidades financeiras (brutal desenvolvimento do capital fictício) não deve nos impedir de ver que o motivo central de tais mudanças no sistema financeiro foi aumentar a pressão sobre a gestão das empresas, aprovando ou sancionando mediante a compra ou venda de ações o comportamento das mesmas. A crise das hipotecas subprime (ou melhor dito, o caráter “subprimarizado” do sistema financeiro norte-americano) tem posto em xeque essa forma de crescimento que teve a classe dominante norte-americana como forma de recuperar a queda de rentabilidade que a assolou em 1970 quando se esgotaram os efeitos benéficos do boom do pós-guerra. Essa forma de crescimento manifestou o caráter frágil e instável do atual sistema financeiro baseado na diversificação e na arbitragem dos investidores entre os diversos lugares como forma de obter super lucros, o que por sua vez põe em risco a viabilidade do sistema financeiro de conjunto como mostra a atual crise financeira, a mais importante desde o crack de 29.
A desregulamentação das operações das grandes corporações aprovadas tanto pelos governos republicanos como democratas foram removendo todos os limites legais ã obtenção de lucros e impulsionando a acumulação de níveis de riqueza cada vez mais obscenos nas mãos de uma oligarquia financeira, ã qual respondem ambas as patas do sistema bipartidário. Como parte desse processo se liquidou importantes setores da base industrial norte-americana, relocalizando a produção em zonas de mão-de-obra barata que permitissem obter super lucros, dando lugar a uma descomunal desigualdade social em benefício dos setores mais acomodados da sociedade, uma das bases estruturais do declínio histórico do capitalismo norte-americano.
Já se tocou o fundo?
Ainda é muito prematuro para saber se a economia norte-americana evitará o crack. Wall Street não viu a quebra de um banco de investimentos desde a queda do Drexel Burnham Lambert em 1990, e hoje em dia, as interconexões do setor através do mercado de derivados têm crescido para além de todo o limite. A dívida dos grupos financeiros norte-americanos com seus pares tem duplicado desde o começo dos 90 alcançando 112% do PIB norte-americano. A quebra de Lehman supõe a incapacidade da firma para arcar com seus pagamentos correntes, a paralisação de sua atividade ordinária e a entrada em um processo de liquidação de ativos de conseqüências imprevisíveis. Estamos falando de 600 bilhões de dólares com uma notável exposição a titulações hipotecárias de duvidoso valor intrínseco e cujo mercado tem se retraído até o ponto de ser quase inexistente. O ajuste a preço de mercado (“mark to market”) que pode derivar-se do processo de retirada forçada de capital do banco de investimento norte-americano pode ser demolidor para o resto de seus comparáveis, salvo que as autoridades sigam abrindo uma janela contábil para evitar entrar numa espiral de perdas que ameaçam levar pela frente todo o sistema financeiro. No caso da AIG, a companhia de seguros norte-americana que mantém uma ampla exposição ao seguimento dos Credit Default Swaps (CDS) [2], incluídos os de Lehman, as autoridades não quiseram voltar a se arriscar. As somas que a AIG devia frente ã insolvência do atual sistema creditício a convertiam em um número fixo ã bancarrota.
De conjunto, os compromissos em derivados excedem de longe os ativos dos grandes bancos. Morgan Stanley, tem uma exposição dez vezes maior que Lehman ao mercado de derivados, ainda que o risco desse último em relação a sua debilitada base de capital parece ter sido a pior. Por sua vez, 97% dos derivados nas mãos dos bancos comerciais está concentrado nos cinco primeiros: JPMorgan Chase, CitiGroup e Banco da América, Wachovia and HSBC. Serão essas as próximas vítimas? Quem sabe, mas as águas estão muito agitadas para baixar a guarda.
Para onde vai a economia norte-americana e mundial?
Como dissemos no principio, nunca desde a crise de 29, a economia norte-americana esteve tão próxima do “crack”. Porém, ainda que não exista um crack que inicie esse processo generalizado, o que sim é possível já vislumbrar é uma recessão profundíssima nos principais países imperialistas, com alto desemprego. Estamos entrando possivelmente na combinação do temido Credit crunch (Seca creditícia) ou falta de crédito e uma aterrissagem forçada sincronizada da economia mundial. O vertiginoso colapso do Lehman Brothers e a absorção do Merrill Lynch removeram uma enorme quantidade de liquidez da economia, na medida em que valores construídos durante décadas de especulação vão ã bancarrota.
A produção industrial norte-americana se contraiu 1% em agosto (-12% na indústria automotriz, a maior em uma década) questão que passou totalmente despercebida no meio de semelhante marasmo financeiro. Entretanto, a forte inter-relação entre as finanças e a economia logo se fará notar e pode conduzir ã pior recessão norte-americana em décadas. Primeiro, a crise de assinalada acima reduz a possibilidade de crédito na economia. Segundo, a queda do preço da moradia e das ações reduz o chamado efeito riqueza e conseqüentemente o consumo. Terceiro, os problemas nos mercados creditícios e acionários afetam todo o mundo, por isso é cada vez menos provável que a atividade econômica mundial siga sustentando aos EUA via o aumento das exportações norte-americanas, questão que junto aos efeitos temporários da queda de impostos, evitou até hoje uma queda importante do PIB dos EUA.
Pelo contrário, a economia mundial está se desacelerando. A zona euro e o Japão já estão quase em recessão. A Inglaterra se encaminha nesse sentido rapidamente. E as chamadas economias emergentes começam a mostrar sinais de fraqueza, quando não de pânico. A China cortou no dia 15/9 a taxa de juros preocupada com os efeitos sobre sua economia do panorama temeroso que paira sobre a economia mundial, além da queda aguda do preço da moradia no verão. Na Rússia, as autoridades regulatórias decidiram na quarta (17/09) suspender as operações nas duas principais bolsas do país para frear a queda da bolsa que chegava na sua terceira jornada consecutiva (na terça os dois principais índices, o RTS e o Micex caíram em 11,5% e 17,45%, respectivamente). Essa queda dos mercados russos está vinculada com a de Wall Street que tem afetado todos os mercados emergentes, com a forte tensão geopolítica com os EUA que deu um salto com a guerra entre a Rússia e a Geórgia e, com a rápida queda do preço do petróleo, que gera preocupações numa economia respaldada por suas exportações de matérias primas. Igualmente deve-se esperar como a crise afeta o mercado de bônus internacional das empresas russas, a verdadeira fonte de financiamento das grandes empresas russas.
Se repetirá uma crise como a dos 30?
Julio Sevares, do jornal argentino Clarín em seu blog em 16/09, se baseando em alguns elementos certos, o nega: “Nos trinta a economia mundial...estava fragmentada, havia controle de câmbios e protecionismo.... Não havia uma moeda internacional comum porque a libra era débil e na maior parte do tempo inconvertível. O dólar não estava difundido e os EUA, o grande credor mundial, não queria funcionar como emprestador em última instância, depois da crise da Federal Reserve (FED) respondeu com restrição monetária, diferente do que acontece agora. Menciona-se freqüentemente que o governo de Roosevelt respondeu com a política expansiva do New Deal, mas se esquece que em 31 os EUA aumentou as tarifas agravando a depressão mundial (Lei Smooth - Hawley) e que em 33 fez uma desvalorização selvagem de 30%. E em 32 a Grã-Bretanha respondeu ao protecionismo dos EUA com o Tratado de Otawa. A França se dedicava a acumular ouro contribuindo com a iliquidez e a Alemanha estava endividada e em crise depois da fuga de capitais que foram especular em Nova York no auge. As respostas protecionistas e de desvalorização impediram a recuperação que chegou somente com o rearme. O grau de endividamento empresário e familiar era infinitamente menor que o atual, pelo qual atualmente o mecanismo de transmissão da crise é mais financeiro que comercial, diferentemente dos anos trinta, existem sistemas estatais com instrumentos anti-cíclicos e instituições de consulta e regulação internacionais.
Porém, apesar de que é certo que a situação não é igual a dos 30, os mecanismos “anticíclicos” podem afetar os tempos e formas da crise, mas de nenhuma maneira se pode descartar um cenário de crack generalizado. Descartar isso, justo no momento onde o capitalismo mostra suas contradições explosivas seria ter uma confiança no capitalismo e negar que esse pode abrir situações catastróficas, não somente nos países semicoloniais como foi o crack e default argentino em 2001, mas inclusive nos principais países imperialistas.
Mais ainda se levamos em conta as crescentes tensões geopolíticas a nível internacional, o acelerado declínio hegemônico dos EUA e a crescente debilidade do dólar, que tem subido estranhamente sua cotização desde final de julho quando estão caindo os ativos norte-americanos, devido a forte manipulação da moeda norte-americana por parte do tesouro norte-americano, com o apoio ativo do banco central chinês e muito provavelmente do Japão e Europa, operação cada vez mais insustentável que pode acelerar o colapso do sistema monetário baseado no dólar, elementos que fazem prever que a economia mundial entrou em um período de profundas guerras comerciais e tensões inter-imperialistas, cheio de ameaças.
Milhões podem perder o emprego: Preparar-se para a catástrofe
A recessão ainda está em seus primeiros estágios. Pode se prever fortes contrações do PNB nos próximos trimestres. De acordo com o último informe da Organização Mundial do Trabalho (OIT) a derrocada financeira pode levar a um incremento de 5 milhões de desempregados no mundo em 2008.
Para a classe trabalhadora norte-americana, o atual colapso financeiro implica um rápido crescimento do desemprego, da pobreza, dos sem teto e da miséria social. O governo, Wall Street e os candidatos a presidente de ambos partidos se preparam para descarregar as conseqüências de sua própria cobiça e incompetência sobre os ombros da classe trabalhadora. A crise já está devastando determinados setores de assalariados, em particular os que trabalham em Wall Street ou na City de Londres, que desfrutaram de parte das migalhas da brutal orgia creditícia e especulativa. Nos EUA, frente ã catástrofe que o capitalismo ameaça aos trabalhadores, é necessário levantar já um programa para que os capitalistas paguem a crise, que comece pela suspensão de todas as execuções hipotecárias, a repartição das horas de trabalho entre todas as mãos disponíveis, colocar em funcionamento um plano de obras públicas que remodele as indústrias básicas e recomponha a obsoleta infra-estrutura do país e crie milhões de postos de trabalho financiados pelos impostos ás grandes fortunas, e fundamentalmente uma verdadeira nacionalização do sistema bancário e financeiro, não a serviço dos ricos de Wall Street e nas mãos da oligarquia financeira, mas sob o controle dos trabalhadores bancários e a serviço do conjunto de trabalhadores. Esse programa implica a ruptura com os partidos democrata e republicano e a adoção de um caminho independente pela classe trabalhadora. Esse programa que começa a ser cada vez mais imediato para os EUA, na medida em que se desenvolva a crise nos próximos meses e anos, se apresentará para a ação de cada vez maiores setores da classe operária e os explorados de vários países do mundo, já que a crise parece se estender como uma mancha venenosa para todo o globo.
Porém, fundamentalmente, a crise atual apresenta como problema para os trabalhadores de todo o mundo, a necessidade de enfrentar as burocracias sindicais colaboracionistas de cada país que serão cúmplices dos planos para fazer descarregar a crise sobre as costas dos trabalhadores, e organizar-se politicamente, não somente a nível nacional senão reconstruindo o internacionalismo proletário e forjando uma nova internacional operária revolucionária. Ainda que essas idéias hoje em dia estejam muito afastadas da consciência atual dos trabalhadores como conseqüência de anos de fragmentação social, dos danos que perduram na consciência e na organização da ofensiva neoliberal e as conseqüências nefastas para a causa da emancipação dos trabalhadores da experiência estalinista, a dureza e os padecimentos da crise, pode ser que muitos trabalhadores, em especial sua vanguarda, voltem a agarrar em suas mãos as ferramentas e o programa do marxismo revolucionário, o único que pode levar-los a derrotar esta casta de parasitários e exploradores: a burguesia e seus estados que ameaçam com maiores e novas catástrofes a todo o planeta.
Traduzido por Simone Ishibashi
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