A luta dos professores mexicanos, que saíram ã se mobilizar contra os planos de ataque do presidente Calderón ã Educação sacode o país, já durando dezenas de dias. Felipe Calderón, um dos governos mais bonapartistas da América Latina tem respondido ás justas demandas os professores com perseguições e a militarização das cidades. O México, que dentre os países latino-americanos é um dos mais diretamente afetados pela crise econômica por sua relação de vassalagem estreita com os EUA imposta por sua burguesia e governo capacho, anuncia que pode ser palco de grandes movimentações da classe operária e do povo, tal como foi a Comuna de Oaxaca no final de 2006. Temos que cercar esta luta da mais ampla solidariedade e tomá-la como exemplo de como combater os ataques que por aqui também se darão.
Nos últimos dias os professores em greve contra o plano nacional de ataque ã Educação junto a setores de trabalhadores, camponeses, indígenas e do povo foram reprimidos em comunidades e estradas do estado de Morelos, no México, pela ação covarde das forças repressivas, com helicópteros, tanques e gases lacrimogêneos Frente a isso, os professores e os habitantes dos povos e comunidades valentemente enfrentaram a ação policial e mostraram que estão dispostos a lutar até o final frente aos planos contra a educação e contra a Aliança pela Qualidade da Educação, do governo reacionário de Calderón.
Dezenas de detidos e vários desaparecidos, assim como a ameaça de novas incursões policiais e militares ã comunidades, é o resultado da selvagem repressão que busca resguardar os planos do governo estatal e federal. Apesar disso, o combativo plantão do magistério se mantém na praça central de Cuernavaca, e juntos aos indígenas, camponeses, estudantes e trabalhadores afirmam que não darão nem um passo atrás.
É o momento de demonstrar e multiplicar a solidariedade e o apoio o magistério e ao povo de Morelos.
As seções da CNTE - sindicato de professores - de todo o país têm que convocar já uma paralisação em solidareidade. O magistério de todo o país deve lutar unificadamente. Abaixo a repressão! Abaixo o governador!
Não deixemos sós nossas companheiras e companheiros de Morelos. Também a UNT e o SME devem chamar a ações imediatas de mobilização e a uma greve nacional em apoio a esta heróica luta. É o momento de que estes sindicatos que se reivindicam opositores ao governo se somem a este grande movimento; se deixamos para depois a tarefa de unificar a luta pode ser tarde. Há que fortalecer já a única luta que tem sido capaz de colocar o governo em xeque. Além de fortalecer a luta contra a privatização da indústria energética que tem se dado no México é preciso se preparar para a defesa do trabalho e contra a pauperização da classe trabalhadora, que se aguizará cada vez mais por conta da crise econômica. Estaremos em melhores condições para derrotar a reforma trabalhista e as reformas aos contratos coletivos de trabalho e da segurança social que o governo quer impor.
É urgente a mais ampla campanha de solidariedade de todas as organizações operárias, sociais, de direitos humanos e políticas, exigindo em primeiro lugar a liberdade imediata e incondicional de todos os detidos e a aparição sãos e salvos de todos os desaparecidos.
Liberdade a todos os detidos e aparição com vida dos desaparecidos!
Abaixo o estado de sitio em Xoxocotla!
PARALISAÇÃO NACIONAL!
PELO TRIUNFO DA LUTA DO MAGISTÉRIO DE MORELOS!
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