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Repúdio ao brutal assassinato dos dirigentes operários Richard Gallardo, Luís Hernández e Carlos Requena
por : LTS, Venezuela

01 Dec 2008 | Por uma grande campanha nacional e internacional para exigir justiça e castigo exemplar aos autores materiais e intelectuais deste crime.

Repúdio ao brutal assassinato dos dirigentes operários Richard Gallardo, Luís Hernández e Carlos Requena

Por uma grande campanha nacional e internacional para exigir justiça e castigo exemplar aos autores materiais e intelectuais deste crime.

Quinta-feira, 27 de novembro, foram assassinados em Cagua (estado Aragua) os companheiros Richard Gallardo (coordenador nacional da UNT e presidente da regional de Aragua), Luís Hernández (dirigente sindical da Pepsi Cola) e Carlos Requena (delegado preventivo da Produvisa), todos militantes da Unidad Socialista de Izquierda (USI). Os companheiros estavam ã frente da solidariedade com os trabalhadores da Alpina, empresa de capital colombiano que ocuparam a fábrica lutando contra o descumprimento do contrato e a ameaça de fechamento da mesma. Justo durante o dia os trabalhadores sofreram uma dura repressão policial que incluiu a entrada da polícia na fábrica e a desocupação, com um saldo de quatro operários feridos. Produto da solidariedade demonstrada pelos trabalhadores e dirigentes sindicais da UNT, os operários recuperarram a fábrica. Os companheiros haviam exigido publicamente durante a tarde um pronunciamento do recém-eleito governador do PSUV, Rafael Isea, assim como advertiam que ao se concretizar o fechamento da fábrica os trabalhadores optariam por colocá-la para produzir sob seu controle, seguindo o exemplo dos companheiros da Sanitarios Maracay. Na noite foram baleados na zona de La Encrucijada, em Cagua.

Em outras ocasiões companheiros dirigentes da UNT-Aragua, uma das regionais da UNT mais combativas, haviam recebido diversas ameaças. Este brutal assassinato não está isolado da situação de grande conflitividade operária em Aragua, não casualmente o estado em que se deu com grande força a exemplar luta dos operários de Sanitarios Maracay em defesa da nacionalização sob controle operário, que incluiu a realização da primeira paralisação operária regional em mais de uma década, em maio passado.

Neste ano pudemos ver como no conflito da Fundimeca (fábrica de ventiladores em Valencia), a patronal valeu-se de pistoleiros para tentar derrotar a dura luta das operárias por seus direitos, deixando uma companheira baleada na perna. Tudo isso ocorre sob a cumplicidade dos juízes e órgãos policiais do estado.

Da Liga de Trabajadores por el Socialismo (LTS), com nossos dirigentes operários e estudantis, nos declaramos solidários com o pesar dos familiares e companheiros de luta dos camaradas, que também é nosso pois compartilhamos a trincheira comum em várias ocasiões. Nos somamos ao chamado das organizações políticas da esquerda operária e socialista, personalidades políticas e intelectuais, organizações sindicais, estudantis e de direitos humanos pronunciando-nos firmemente contra este crime e pelo desenvolvimento de uma grande e ativa campanha nacional e internacional para exigir castigo exemplar aos autores materiais e intelectuais deste crime contra a vanguarda operária do nosso país. Exigimos do governo nacional e regional a imediata abertura de uma investigação sob a égide de uma comissão integrada por trabalhadores e organismos de direitos humanos para chegar ã verdade deste crime.

Este é um fato a mais que demonstra não apenas que não há revolução nem socialismo em nosso país, mas sim que as instituições deste estado burguês, como não poderia ser de outra maneira, estão completamente ao lado dos interesses empresariais contra as lutas operárias e do povo pobre, deixando impunes centenas de assassinatos de camponeses e trabalhadores por pistoleiros. Independente de acordo, entre a repressão da Guarda Nacional e das polícias, de um lado, a “justiça”, de outro, e os pistoleiros dos patrões, se configura uma trava contra as lutas mais decididas que a classe operária começa a dar. Confiar apenas nas próprias forças da classe, sem depositar qualquer confiança em projetos de conciliação de classes: esta deve ser nossa consigna!

Liga de Trabajadores por el Socialismo

Caracas, 28 de novembre de 2008

www.lts.org.ve

 

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