Abaixo o golpe em Honduras!
Pela mais ampla mobilização em toda a América Latina para derrotar os golpistas!
– 1. O exército hondurenho sequestrou e expulsou para a Costa Rica o presidente constitucional deste país, Manuel Zelaya, com a desculpa da suposta ilegalidade da consulta popular que ia ser levada a cabo para propor nas eleições de novembro uma urna onde se votasse a aprovação ao chamado a uma Assembléia Constituinte. É um golpe que conta até o momento com o apoio das principais frações da burguesia, a oposição parlamentar, a Corte Suprema e as Forças Armadas, com a cumplicidade também da Igreja Católica e das Igrejas evangélicas, que participam da oposição ã consulta.
– 2. Para além dos objetivos vinculados a sua re-eleição colocados por Zelaya em seu chamado ã Assembléia Constituinte, a oposição dos setores principais da burguesia e de seus representantes institucionais é claramente reacionária, uma oposição pela direita, acusando o governo por suas relações com a Venezuela e os países da ALBA, de mãos dadas com os interesses do imperialismo yanque. É um golpe de caráter similar ao que tentou realizar a reação venezuelana em 2002. Até o momento que escrevemos esta declaração Chávez chamou ao repúdio do golpe, enquanto a OEA encontra-se ainda "deliberando" sobre o tema. Também rechaçou a destituição de Zelaya o governo da Costa Rica. Por sua vez, a imprensa pró-imperialista de vários países tenta legitimar o golpe, dizendo que os militares atuaram sob mandado judicial.
– 3. Precisamos condenar abertamente a tentativa golpista em curso e chamar a mais ampla mobilização em Honduras e em toda a América Latina para evitá-lo, impulsionando a solidariedade com os trabalhadores e o povo hondurenho que começam a sair ás ruas, contra toda a repressão que estão sofrendo. Temos que exigir dos governos da região que repudiem o golpe, desconhecendo qualquer governo que surja desse golpe, e que rompam relações com os golpistas. Em particular, precisamos apelar ã ação direta mediante a greve geral e a mobilização generalizada da classe operária e das massas populares hondurenhas.
A partir da LER-QI e das organizações que conformam a FT-QI, chamamos a mobilização ativa em toda a América Latina para derrotar o golpe pró-imperialista.
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