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Duros combates dos operários das automotrizes
por : Alejandra Ríos

06 Aug 2009 | Na madrugada de 4/8 se deu uma brutal repressão, que durou até a tarde, contra os trabalhadores quando 2.500 policiais invadiram a fábrica ocupada pelos operários.

Na madrugada de 4/8 se deu uma brutal repressão, que durou até a tarde, contra os trabalhadores quando 2.500 policiais invadiram a fábrica ocupada pelos operários. As forças especiais usaram escadas giratórias para alcançar o teto onde estavam guardas de trabalhadores para controlar a ocupação e enviaram 3 helicópteros para reforçar o ataque policial.

A polícia conseguiu desmontar as barricadas nas portas da fábrica, a 5 metros do departamento de pintura (o núcleo da ocupação). Os trabalhadores se defendem numa luta corpo a corpo e com bombas molotov.

A brutal ofensiva conseguiu prender os trabalhadores na fábrica de pintura. Esta fábrica – o único setor que permanece ocupado por 500 operários – parecia um campo de batalha, a seção está cercada por fogo, helicópteros e canhões de água com o fim de isolar e desalojar o lugar. O resto foi controlado pela polícia. Vários operários resultaram feridos nos ataques e 30 deles tiveram que receber tratamento médico. Este ataque se dá após uma semana em que os operários sofreram bloqueio total, quase sem acesso ã comida nem água. Muitos operários feridos não puderam receber assistência médica devido ao bloqueio.

Após o anúncio da patronal de um drástico corte de um terço da força de trabalho, 1000 operários decidiram ocupar a fábrica da automotriz. Depois de 2 meses e meio, a luta permanece isolada, principalmente pela política das direções sindicais que apesar de apoiar as medidas se negam a estender e tornar ativa a solidariedade. Até agora, cerca de 500 trabalhadores permanecem na ocupação em uma heróica resistência enfrentando métodos brutais de repressão e sob ameaça de desalojamento constante. Durante o fim de semana houve negociações com a patronal, mas não se chegou a nenhum acordo – porque a empresa põe como condição o abandono da fábrica. Se trata de uma greve lapidar: se consegue-se impor as demandas dos trabalhadores, abriria um precedente ante os próximos ataques de que se pode enfrentar os planos de aumento do desemprego. Querem disciplinar no futuro o resto dos trabalhadores das automotrizes e de outros setores.

Ao final deste artigo nos informavam que o enfrentamento cedeu um pouco e que alguns trabalhadores deixaram a ocupação. Agora, após comandar a repressão, o chefe de polícia promete “sentenças mais leves” para aqueles que se entregarem antes de 6/8. Os trabalhadores que mantém a ocupação estão dispostos a seguir lutando e se preparam para responder a futuros ataques. Nas paredes da seção de pintura se lê uma inscrição dos trabalhadores que resistem: “Se não querem falar conosco, lhes convém matarnos todos!”

 

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