Ao forçar Ben Ali a fugir, a mobilização revolucionária dos tunisianos deu um golpe histórico ao regime e ao "nosso" imperialismo. Nosso partido deve seguir construindo em unidade a solidariedade política com nossos irmãos e irmãs de classe. Mas em vez de pressionar o Sarkosy, como chama o volante nacional do NPA, propomos uma estratégia revolucionária: estamos em contra da substituição do Ben Ali por outros homens do seu regime, mas também em contra da suposta "transição democrática" que mira impedir o desenvolvimento de um processo revolucionário onde os trabalhadores e os oprimidos tomariam em suas mãos suas reivindicações democráticas e sociais.
Não haverá uma verdadeira solução sem a autoorganização dos trabalhadores, seu armamento contra as milícias do regime, em combate para terminar com a tutela do imperialismo francês, a expropriação dos grandes grupos capitalistas, a reconstrução de uma economia ao serviço da necessidades do povo. Isto ocorre pela convocatória imediata a uma Assembléia Constituinte soberana - ã que o governo atual não chamará e dependerá de como continue a mobilização - e pelo combate por um governo operário e camponês. A situação na Tunísia mostra toda a atualidade da perspectiva revolucionária e como são necessárias as delimitações estratégicas claras para responder ã nova etapa da luta de classes internacional.
Em Costa de Marfim, nos opomos ao xenófobo Gbagbo como ás promessas de Ouattara, o homem dos imperialistas hoje. Exigimos a retirada das tropas francesas e da ONU, apoiamos incondicionalmente a resistência das massas e nos pronunciamos pela derrota dos imperialistas. Orientação que defendemos para o Iraque, a Palestina e o Afeganistão, contrariamente ás P1, 2 e 3 cuja orientação internacional é quase idêntica.
Aqui, lutamos para terminar com a UE, pelos Estados Unidos Socialistas da Europa. A Europa dos trabalhadores não pode nascer de um vago "processo constituinte" como dizem as P1, 2 e 3, mas supõe a revolução proletária se extendendo de país em país. Denunciamos a linha do Bloco de Esquerda português, ligado ã direção do NPA, cujos deputados votaram o plano de "resgate" da Grécia, ou seja, ataques inauditos contra os trabalhadores.
Lutamos por um partido mundial da revolução que reivindique o programa histórico da IV Internacional que, diante da barbárie do capitalismo e do horror do stalinismo, manteve vivo o programa marxista.
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