Sofremos a mais grave crise do capitalismo desde a década de 30. Depois de haver salvado os bancos e criado profundos déficits públicos, os governos de direita ou de esquerda fazem os trabalhadores pagarem pela crise mundial do capitalismo: demissões, planos de austeridade, ataques ás conquistas. A análise da crise e o programa que se deduz são discussões decisivas do congresso.
Segundo a análise keynesiana dos reformistas, as causas da crise estariam nos salários demasiado baixos. Aumento-os reativaríamos a “demanda”, o que incitaria os capitalistas a produzirem mais. Desta maneira conseguiríamos uma melhor “repartição das riquezas” e crescimento de uma só vez. Sairíamos da crise sem sair do capitalismo. Esta analise é uma enganação que mantem as ilusões de que é possível um capitalismo com rosto humano.
A crise se explica pela sobre acumulação de capital: se produz muito pouca mais-valia em relação ao capital investido. Disto de desprende a situação, aparentemente paradoxal, de lucros exorbitantes em quantidade… porem a sua vez débeis benefícios em relação ã massa de capital investido. No marco do capitalismo, o aumento geral dos salários agravaria a crise diminuindo ainda mais a taxa de lucro. Porem reivindicamos o aumento dos salários, a repartição das horas de trabalho até terminar com o desemprego, por que partimos das necessidades dos trabalhadores, e não dos limites desse sistema monstruoso. Este realmente não pode reativar o crescimento sem uma onde de quebras e/ou uma grande guerra (baixando fortemente o valor do capital investido e subindo assim a taxa de lucro), quer dizer sem desemprego massivo, queda dos salários reais, miséria, e sofrimentos sem precedentes.
É crucial que nosso partido se dote de uma analise marxista da crise. Porem a direção não propõe nenhuma explicação seria para o congresso, e os textos de sua comissão econômica tendem a repetir a análise keynesiana explicando-a pela insuficiência dos salários. Disto emana um programa que tente ao reformismo no texto Nossas respostas a crise das PF1 e 3:
· Deixa entender que seria possível proibir as demissões sem terminar com o capitalismo, através de “castigos” aos patrões, como propõe a CGT. Pelo contrario nós queremos que o NPA ajude os trabalhadores a lutar para impedir as demissões, negando que as indenizações sejam um horizonte inquebrantável, pela expropriação sob controle operário, como fez a CGT Philips Dreux.
· Concebe o “socialismo do século XXI” como uma extensão das cooperativas e defende os subsídios a esta “economia social”. Frente a essa logica reformista, gradualista e utópica, opomos a necessidade de expropriação dos grandes grupos capitalistas, de apropriação de transformação das forças produtivas de modo racional e democrático para satisfazer as necessidades preservando o entorno.
· Fixa o objetivo de um “governo a serviço da população”, quer dizer, de um governo que não seria próprio dos trabalhadores, que não implicaria a destruição das instituições atuais. A isso opomos um programa de transição que unifique sistematicamente as reinvindicações imediatas ã necessidade da tomada do poder pelos trabalhadores auto organizados, em direção ao comunismo
Coletivo por uma tendência revolucionaria
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