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Uma nova “Primavera dos Povos”
28 Apr 2011 | O ano de 2011 começou com uma onda de levantamentos e mobilizações operárias e populares. Embora o epicentro da intervenção do movimento de massas esteja no mundo árabe e mulçumano, onde estão em curso distintos processos revolucionários, sua repercussão está alcançando outras regiões do planeta, ainda que esteja se expressando em ações com menor grau de (...)
Uma nova “Primavera dos Povos”

O ano de 2011 começou com uma onda de levantamentos e mobilizações operárias e populares. Embora o epicentro da intervenção do movimento de massas esteja no mundo árabe e mulçumano, onde estão em curso distintos processos revolucionários, sua repercussão está alcançando outras regiões do planeta, ainda que esteja se expressando em ações com menor grau de profundidade e radicalização. Com o antecedente da greve geral em Guadalupe em 2009, as mobilizações e greves na Grécia em 2010 e a resistência dos trabalhadores e dos jovens secundaristas na França contra a reforma do sistema de pensões de Sarkozy, esta onda de lutas parece estar anunciando o início de um novo ciclo ascendente da luta de classes, com o pano de fundo da crise econômica internacional que dura três anos.

O turbilhão da ação das massas no mundo árabe e muçulmano

Uma pequena retrospectiva dos principais acontecimentos mostra o curso vertiginoso que a entrada em cena das massas no mundo árabe tomou.

Tunísia, 17 de dezembro de 2010. Um jovem com diploma universitário, mas que ganhava a vida com vendas ambulantes decidiu imolar-se em protesto contra a situação de miséria a qual o governo ditatorial de Bem Ali o condenava, como a grande maioria dos jovens, trabalhadores e desempregados. Este fato trágico desencadeou um imponente levante operário e popular que em 14 de janeiro de 2011 derrubou Ben Ali, que permaneceu no poder durante 23 anos, sustentado pela França, antigo colonizador e principal sócio comercial, e com o apoio dos Estados Unidos, que valorizava seus serviços na “guerra contra o terrorismo”. A queda de Ben Ali não apaziguou a situação: no domingo, 20 de fevereiro, milhares de tunisianos voltaram a se mobilizar exigindo a queda do “governo de transição” encabeçado por Mohammed Ganouchi e exigiram que uma assembléia constituinte fosse convocada.

O processo tunisiano desatou uma onda revolucionária que se estendeu como um rastro de pólvora pelo Norte da África, península arábica e o mundo muçulmano. As ruas do Iêmen, Jordânia, Bahrein, Marrocos, Argélia se enchem de jovens, trabalhadores, mulheres, pobres urbanos, desempregados que pedem o fim dos regimes despóticos – ditatoriais ou monarquias – que são os que durante décadas têm mantido com punho de ferro as condições de opressão mais brutais, que permitiram impor privatizações, ajustes e precarização do trabalho, para benefício das elites locais e das grandes transnacionais imperialistas.

Egito, 25 de janeiro de 2011. Milhões de pessoas, a grande maioria jovens, sem emprego ou com salários de fome, tomam as ruas do Cairo, Alexandria e outras cidades do país exigindo a renuncia de Hosni Mubarak, um dos principais aliados dos Estados Unidos e Israel, no poder desde 1981. O ditador resiste. Os manifestantes permanecem na praça Tahir. O exército se preserva sem reprimir enquanto negocia com Mubarak e com o governo de Obama como organizar a saída da ditadura sem dar ás massas um triunfo. Enquanto as marchas se sucedem e o exército se preserva não reprimindo os protestos, Mubarak tenta se manter no poder mesmo diante da pressão das massas. Até uma imponente onda de greves, que paralisa os principais setores da economia, termina precipitando a queda de Mubarak em 11 de fevereiro. O exército, que era a peça central do regime e ficou intacto como principal pilar do Estado, assume o governo. Setores importantes das classes médias parecem conformar-se com as promessas de liberdades democráticas dadas pela junta militar, mas os trabalhadores, alentados pela vitória conseguida, estendem as greves desafiando a proibição que o governo militar tenta impor e organizam reuniões sindicais.

Conseguiram derrubar o ditador e agora querem salários, melhores condições de vida, liberdade sindical e exigem que saiam os diretores das empresas nomeados por Mubarak. O prognóstico ainda segue aberto: existe uma possibilidade de que o exército, apoiado pelo imperialismo, a burguesia local e suas variantes políticas, consiga driblar a situação com o êxito da “transição” e estabilizar uma saída de “reação democrática”, mas também existe a possibilidade de que a dinâmica de enfrentamento com a classe operária traga novamente à luta setores amplos das massas. Ou ainda que a junta, que tomou em suas mãos a redação de uma nova constituição sem participação popular nenhuma, ceda finalmente muito pouco e empurre também por essa via as massas ás ruas outra vez.

Iêmen, 28 de janeiro. Dezenas de milhares de pessoas em Sana, a capital do país, e outras cidades, exigem a renuncia de Ali Abdullah Sale, no poder há 33 anos. Essa é a primeira de uma série de mobilizações que continuaram apesar da dura repressão do regime. Os motores da luta contra a ditadura iemenita são profundos. Sale assumiu o governo do então Iêmen do Norte em 1978 e, em 1990, seguiu na presidência da República do Iêmen, após a reunificação capitalista do país. Este aliado norte-americano e da monarquia saudita vem levando adiante há anos uma guerra suja contra a população xiita do norte e contra o movimento separatista do sul. Preside o país mais pobre do mundo árabe, em que quase metade da população vive na miséria e o desemprego atinge 35% dos habitantes. No entanto, este pequeno país tem uma importância estratégica para os Estados Unidos que desenvolve ações militares encobertas em seu território, supostamente perseguindo combatentes da Al Qaeda, tentando organizar uma mudança governamental com líderes opositores afinados aos seus interesses.

Líbia, 15 de fevereiro. A repressão contra uma mobilização contra o governo na cidade de Bengasi, no leste do país, desencadeou um levante insurrecional local contra o regime de Kadafi. As forças de segurança passaram para o lado dos manifestantes que não só possuem armas, mas também controlam a cidade. Mas quando as manifestações chegaram ã Trípoli, a capital e sede do poder de Kadafi, a resposta foi brutal. Aviões bombardearam bairros e dispararam contra manifestantes. Em dois dias a repressão deixou centenas, se não milhares de mortos e desaparecidos. Kadafi, um coronel pretensamente “terceiro-mundista”, tornou-se neoliberal, amigo de Bush, Blair e Berlusconi, que se mantém no governo desde 1969, usufruindo para si e seu clà familiar grande parte da enorme renda petroleira, decidiu resistir no poder ã força de balas.

Sem dúvida, pelo grau de violência da repressão do regime e pela radicalidade do levante, o processo mais agudo com fortes elementos de decomposição estatal, abre-se a perspectiva de uma guerra civil com resultado incerto, ou inclusive uma situação de caos com enfrentamentos inter-tribais, em um país que é o décimo segundo exportador mundial de petróleo. As potências imperialistas, que na última década fizeram bons negócios com Kadafi, passaram a se opor ao ditador – com a diferença da Itália, que tem fortes interesses cruzados em sua antiga colônia – esperando que talvez sua queda abra outras oportunidades para seus interesses, sempre e quando se evite o cenário de desintegração e caos, ainda que não se possa descartar que nessa perspectiva utilize-se como desculpa para enviar forças vinculadas ã OTAN. Por sua vez, os militares egípcios, que devem gerenciar sua própria “transição” vêm com preocupação que a fratura no exército líbio leve a uma situação descontrolada no norte da África. Por isso seguiram apoiando Kadafi. O levante na Líbia desmascarou os governos que se alinharam em defesa do ditador, como fez Daniel Ortega, ou até o momento que tenham se calado diante do massacre como é o caso de Chávez. E mesmo Fidel Castro que defendeu Kadafi em nome de uma suposta “resistência ao imperialismo”.

Bahrein, 16 de fevereiro. As forças de segurança abrem fogo contra uma mobilização que, inspirando-se na Tunísia e no Egito, exigia melhores condições de vida, matando dois manifestantes. Este pequeno país, com 70% da população xiita e 30% sunita, é governado desde o fim do século XVIII por uma dinastia monárquica sunita ligada ã Arábia Saudita. O motor da rebelião é a marginalização da maioria xiita – que compõe o grosso da classe operária do país – das estruturas do poder político. Ainda que seu peso demográfico e político seja menor, a crise no Bahrein pode ter conseqüências imprevisíveis para o imperialismo e para a monarquia saudita. O Bahrein é a sede do quartel general da 5ª frota de marines norte-americanos, indispensável para a operação das forças de ocupação do Iraque. Além disso, o país pode ser fonte de inspiração para a população xiita da Arábia Saudita, concentrada nas províncias petroleiras do leste.

Em semanas esta intervenção explosiva do movimento de massas do norte da África e da península arábica, motorizada pelas conseqüências da crise econômica – em particular pela alta dos preços dos alimentos – e pelo ódio contra os regimes ditatoriais e pró-imperialistas, parece ter alentado a resistência para além das fronteiras desta região.

As mobilizações começam a se estender para outras regiões do globo

Em Oaxaca, no México, apareceu de novo o espectro da Comuna de 2006. Os professores voltaram a tomar as ruas em protesto contra uma medida do presidente Calderón, que favorece a educação privada. Em 15 de fevereiro, junto a outros setores populares, eles se enfrentaram durante sete horas com as forças policiais e de segurança, e no dia seguinte realizaram uma paralisação de suas atividades, com uma mobilização massiva para repudiar a repressão e exigir a renúncia de funcionários públicos.

Na Bolívia os trabalhadores e setores populares participaram de forma massiva da jornada de protestos convocada pelo Central Operária Boliviana (COB) em 18 de fevereiro, contra os efeitos inflacionários da falida tentativa de “gasolinaço” de Evo Morales e reivindicando aumento de salários. Ainda que o papel da COB foi o de canalizar e descomprimir a luta, é uma confirmação de que o descontentamento com as medidas anti-populares do governo do MAS tende a expressar-se ativamente com a mobilização.

Inclusive nos Estados Unidos, onde o que vinha primando na cena política era a emergência da extrema direita agrupada no Tea Party, a ofensiva do governador republicano de Wisconsin, Scott Walker, que pretende liquidar o papel dos sindicados dos funcionários públicos nas negociações coletivas, provocou uma importante resposta dos trabalhadores do setor público e dos professores, que se mobilizaram a dezenas de milhares junto aos estudantes, seguidos por ações de solidariedade em vários estados em 23 de fevereiro. Ainda que a direção dos sindicatos e o Partido Democrata cumpram um papel de manter o movimento sob controle, este é um sintoma importante que talvez prenuncie o despertar da classe operária norte-americana, muito golpeada pela crise econômica e que vem sofrendo com um forte retrocesso desde a década de 1980.

Enquanto estamos escrevendo essas linhas, os trabalhadores e a juventude da Grécia voltaram a lutar contra os planos de ajustes impostos pela União Européia e pelo FMI, enfrentando-se duramente com a polícia anti-distúrbio nas ruas de Atenas.

São ações praticamente simultâneas da luta de classe como não se davam há muito tempo. Estes acontecimentos já estão atuando sobre a economia. O processo no mundo árabe e mulçumano está levando ao aumento dos preços do petróleo de outras matérias primas como o trigo. O destino da Líbia, um importante abastecedor de petróleo a várias potências da União Européia, aprofunda o temor dos mercados internacionais de que uma disparada descontrolada no seu preço desencadeie novos auges na crise econômica internacional. Além disso, pela importância da região para os interesses geopolíticos dos EUA, a perda de aliados fundamentais como Mubarak pode aprofundar a crise hegemônica do imperialismo.

No início de um novo tempo

Depois de 30 anos de restauração burguesa, estamos assistindo as primeiras etapas de um novo período histórico em que as massas estão retornando ã cena, ainda que com contornos e alcances ainda indefinidos.

As analogias históricas, mesmo que imperfeitas por definição são de grande utilidade para analisar os novos processos. Nesse sentido, temos usado a analogia com a restauração borbônica para compreender o significado profundo da contra-revolução neoliberal. Ainda que nenhum processo histórico se repita, a atual onda pode ser comparada com a chamada “Primavera dos Povos”. Historicamente, se conheceu como a “Primavera dos Povos” a onda revolucionária que começou na França em fevereiro de 1848 e rapidamente se estendeu para a Prússia e numerosas regiões da Alemanha, do Império Austríaco, da Hungria, que tinha sob seu controle a Polônia, a Itália e outros povos da Europa Central, no marco da crise econômica que irrompeu em 1846. Esta onda começou a ser contida, de maneira desigual, com a recuperação da economia em meados de 1850, e se fechou com fim do processo na Alemanha neste mesmo ano e com o auto-golpe de Luis Napoleão Bonaparte na França em 2 de dezembro de 1851.

O limite desta analogia histórica é que diferente do século XIX, esta nova “Primavera dos Povos” ocorre na época imperialista, de crises, guerras e revoluções. Tampouco estamos em um momento no qual o proletariado moderno fez sua primeira grande irrupção revolucionária (como foi a insurreição de junho de 1848 na França), e sim no momento em que a classe operária passou pela experiência da revolução e contra-revolução do século XX.

No entanto, preferimos a analogia com este período, que expressou o fim do período de restauração européia aberto com a queda de Napoleão em 1815, com o ascenso iniciado em 1968, já este contou desde o início com maior centralidade operária e as massas não vinham de um longo período de retrocesso. O processo atual carrega em seus ombros as conseqüências de três décadas de restauração burguesa, e isso não pode deixar de ser levado em conta para sabermos que este ciclo de luta de classes que está se abrindo será, sem dúvidas, tortuoso, mas cada vez mais difícil de conter, já que se dá nos marcos da crise capitalista mundial. Em 1968, quando também os jovens foram protagonistas, mesmo com a presença de uma importante vanguarda radicalizada, incendiada pela luta contra a guerra do Vietnã, ainda estávamos sob o boom do pós-guerra (a crise dos anos 70 explodiria com força no começo de 1973), enquanto que hoje, ainda que os capitalistas tenham conseguido evitar a depressão ás custas de um monumental endividamento dos Estados, a crise em curso é mais profunda do que aquela que se deu na metade da década de 1970.

A luta pela construção de uma direção revolucionária

As potências imperialistas primeiro se viram surpreendidas pelos acontecimentos que golpearam seus aliados e agentes mais importantes como Ben Ali, para a França, e Mubarak, para os Estados Unidos. A hipocrisia imperialista ficou claramente exposta, ainda mais em seu desacreditado discurso em defesa dos “direitos humanos”. Durante mais de 30 anos, EUA, França, Itália, Grã Bretanha, entre outros apoiaram regimes ditatoriais brutais, desde Mubarak até a monarquia saudita.

Passado o desconcerto inicial, a política de Obama e dos países imperialistas da União Européia é de tentar preservar o máximo possível os regimes questionados pelas massas, enquanto se apresentam no discurso ao lado dos manifestantes, para tentar impor “transições pactuadas” de mudança, buscando que não se alterem no essencial suas posições geopolíticas e seus negócios. No diz respeito ao Egito, isso significa, em primeiro lugar, que se mantenham os acordos com o Estado de Israel e a subordinação política ás necessidades ianques. Assim, nas próximas semanas e meses se definirá se caminhamos rumo ã processos onde os trabalhadores e as massas exploradas consigam impor suas demandas e se libertarem da dominação imperialista e de seus sócios locais, ou se estes conseguirão conter o descontentamento popular e a queda dos regimes ditatoriais só dará espaço ã regimes com formas mais ou menos democrático-burguesas, mas que não questionem de fundo ã ordem imperialista, tal como ocorreu durante a década de 1980 na América Latina, ainda que nessa região não venhamos de derrotas históricas como foram os golpes contra-revolucionários que terminaram com o ascenso da década de 1970.

O elemento que joga contra esta perspectiva é que estamos em um contexto de crise capitalista mundial, que dificulta fazer concessões substantivas para desarmar as reivindicações operárias e populares. Além disso, o caráter autocrático da maioria dos regimes faz com que as mediações políticas favoráveis ao imperialismo sejam ainda muito débeis.

Do ponto de vista do movimento operário, a principal debilidade é, como assinalamos, a baixa subjetividade revolucionária com a qual se entra neste processo, depois de três décadas de restauração burguesa. As massas, em particular seus setores avançados, saem à luta, mas sem uma estratégia clara para derrotar o poder da burguesia com vistas a impor seu próprio Estado, o que as impedem de levar a luta até o final. Tampouco por ora parece ter se expressado uma clara consciência antiimperialista, mesmo que os regimes e governos contra os quais elas se levantaram são abertamente pró-imperialistas, e as massas no passado tenham expressado sua indignação contra estes por seu apoio ã guerra do Iraque e seu papel de cúmplice diante dos ataques sionistas contra a Palestina. É sobre essa debilidade que o imperialismo e as classes dominantes locais buscam conter os processos em suas primeiras etapas e desviá-los. Tudo dependerá de que, durante este período, a nova vanguarda operária e da juventude consiga colocar de pé verdadeiras organizações revolucionárias que permitam levar os trabalhadores, camponeses pobres e o conjunto dos explorados ao poder.

Na região que hoje é o epicentro dos levantes, mesmo que o movimento operário e popular tenha uma importante tradição de luta antiimperialista, as forças marxistas revolucionárias têm sido historicamente débeis, com a exceção parcial da Argélia. No entanto, os fatos que ali se sucedem, sem dúvidas, têm e terão repercussões entre os trabalhadores, os jovens e os setores populares de todo o mundo. A volta ã cena da ação independente das massas favorece a construção de partidos operários revolucionários, particularmente em países onde a luta de classes não só tem tradição, como se manteve em importantes níveis ao longo destes anos, junto com uma forte presença e tradição trotskista, como a França, onde nossos companheiros impulsionam o Coletivo por uma Tendência Revolucionária (Plataforma 4) no Novo Partido Anticapitalista (NPA), e na Argentina, onde o PTS vem dando passos importantes na organização da vanguarda operária e da juventude. Os acontecimentos que estamos vivendo não fazem mais que reforçar nossas energias na luta para colocar de pé partidos revolucionários arraigados na classe operária e para reconstruir a IV Internacional, o partido mundial da revolução social.

23 de fevereiro de 2011

 

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