Por LER-QI Rio de Janeiro
No dia em que se celebra o aniversário do sanguinário golpe de Pinochet organizamos um importante importante ato em solidariedade. Mais de 50 pessoas nos reunimos na frente do consulado chileno na Praia do Flamengo. Nós da Liga Estratégia Revolucionária, junto a companheiros do Bloco Anel ás Ruas, da juventude do PSTU, do coletivo Vamos ã Luta, da UJC, UJR, e outras organizações, companheiros independentes e diversos companheiros da comunidade chilena e latino-americana no Rio, prestamos nossa solidariedade aos estudantes e trabalhadores chilenos, e lembramos do golpe no Chile.
Cantando repetidas vezes “y va caer, y va caer la educación de Pinochet” e diversas músicas tanto da mobilização no Chile como da ligação de sua luta com a luta por educação gratuita no Chile e no Brasil, denunciamos o sanguinário golpe e sua sobrevivência no assassinato de Manuel Gutiérrez e na repressão os estudantes. Gritamos pelo fim da impunidade de ontem e hoje, abertura dos arquivos da ditadura no Chile e no Brasil.
A reivindicação da educação no Brasil feita por Camila Vallejo e seu pedido para que Dilma Roussef ajude nas negociações no Chile foi lembrada em algumas falas, chamando os estudantes brasileiros a nos inspirarmos nos estudantes chilenos e não que os estudantes chilenos se inspirem no governo brasileiro que garante a continuidade da precarização e privatização das universidades públicas no Brasil.
A denúncia da continuidade da educação privatizada no Chile tanto pela mão da direita como pela mão da Concertación se fez presente nas falas e cartazes de algumas organizações e da comunidade chilena.
“Chile, escuta tua luta é nossa luta”, repetimos este canto expressando como temos que avançar no Brasil na luta pela educação gratuita e pública prestando apoio ás lutas de funcionários, professores e estudantes que tem ocorrido em nosso país e como devemos avançar no sentido da aliança operária-estudantil, e de querer mais, como o fazem os estudantes chilenos parando de naturalizar todas conquistas neoliberais em nosso sistema universitário, fazendo da luta na UFF e na UFRJ grandes exemplos na luta contra os cursos pagos e pela aliança operária-estudantil.
Este ato construído por diversas organizações políticas contou com o apoio, inclusive financeiro da ANEL, mas esteve pouco convocado por importantes entidades e organizações políticas cariocas. A grande assistência da comunidade chilena e de estudantes independentes dos processos de luta da UFRJ mostram como há grandes espaços para construirmos um grande movimento de apoio aos estudantes e trabalhadores chilenos. Chamamos as entidades estudantis, sindicatos, partidos e organizações de esquerda a fazermos concretizar esta possibilidade, e junto a comunidade de jovens chilenos e latino-americanos organizarmos grandes ações comuns.
Organizaremos um grande debate sexta-feira no IFCS-UFRJ junto aos companheiros do Noticiário Latino-americano da Radio Comunitária Santa Marta, e as organizações políticas da esquerda que enviaram companheiros para prestar solidariedade e acompanhar a luta dos trabalhadores chilenos. A partir daí poderemos organizar grandes ações comuns da esquerda anti-governista e da comunidade chilena. Os estudantes e trabalhadores chilenos podem e devem vencer!
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