Contra Rodas, Alckmin e a PM que mantém estudantes presos: Centenas seguem em ato para exigir a libertação imediata dos estudantes
A militarização da USP iniciada nesta manhã sob pretexto da reintegração de posse na reitoria da USP segue. A universidade continua tomada pela tropa de choque que covardemente tenta amedrontar os estudantes, professores e trabalhadores. Longe do que declara a mídia burguesa, a desocupação nada teve de pacífica.
E enquanto a universidade segue sitiada, os estudantes que foram presos continuam detidos no pátio da delegacia, sofrendo ameaça de confisco de celulares, e sem contato com o mundo exterior desde as 7h da manhã de hoje. Além disso, a polícia declarou que enquadrará os estudantes em luta por crimes como formação de quadrilha, crime ambiental por conta das pixações, e pretensa desobediência ã medida judicial. Mostra-se, portanto, a forma do governo do estado de Alckmin e do reitor Rodas lidar com o movimento estudantil: criminalizando-o brutalmente. E numa demonstração que a máquina estadual de intimidação do governo do estado de Geraldo Alckmin, os estudantes mobilizados da UNESP de Marília, acabam de relatar que helicópteros da PM também sobrevoam o campus ameaçando os estudantes.
Entretanto, centenas de estudantes seguem mobilizados na universidade contra a presença da PM no campus. Os estudantes do curso de Letras já declararam que seguirão em paralisação. Não se intimidam com a presença da polícia. E centenas de estudantes estão se dirigindo em ato ã delegacia para reivindicar a libertação imediata de todos os presos. Demonstrando que os verdadeiros vândalos são os policiais, e que o maior dano ao patrimônio público é o reitor João Grandino Rodas, que coloca todas as pessoas da comunidade universitária bem como todo o espaço público em risco ao trazer a polícia, os estudantes entoam a palavra de ordem “Polícia Não, Educação!”, consigna que desde o início expressa o sentido político do movimento. Juntamente com os estudantes, figuras como o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, Adriano Diogo, deputado estadual do PT estão negociando a libertação dos presos.
É preciso que deflagremos uma ampla mobilização, que instaure uma greve geral estudantil nas universidades estaduais paulistas, para acabar com esta homenagem ã ditadura militar, orquestrada pelo governador Geraldo Alckmin, os reitores, tendo João Grandino Rodas ã frente, e a polícia paulista, comprovadamente mais assassina que todas as polícias norte-americanas juntas, como denunciam diversos organismos de Direitos Humanos.
Chamamos a intelectualidade, organizações estudantis, de esquerda, sindicais e de direitos humanos a irem para o ato e se somar na exigência da libertação de nossos presos (91° DP Seccional Oeste - Próx. ã Av. Gastão Vidal).
Por uma greve geral estudantil das universidades estaduais paulistas pelo Fora a Polícia Já! Nenhuma punição aos lutadores! Nenhum processo administrativo ou criminal contra os lutadores! Libertação imediata dos presos da USP!
08-11-2011
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