Por Claudia Cinatti, PTS
Após uma campanha muito concorrida e caríssima, na qual os dois principais partidos da burguesia imperialista norte-americana gastaram milhares de milhões de dólares na disputa pela Casa Branca, o presidente democrata Barack Obama se impôs a seu rival republicano, Mitt Romney, tanto no voto popular (por aproximadamente 2 milhões de votos) como no Colégio Eleitoral, no que superou com folga os 270 eleitores necessários para assegurar a reeleição. As hipóteses de quem prenunciavam uma eleição muito apertada, sobretudo depois do primeiro debate entre ambos os candidatos, no qual o desempenho de Romney foi melhor do que o esperado, não se materializaram. Obama não só ganhou os Estados das costas leste e oeste, contradição de voto democrata, senão que também se impôs nos Estados industriais que concentram grande parte da classe operária, como Ohio, e conseguiu manter posições em Estados do sul, como Virginia e Florida, base eleitoral tradicional do partido republicano.
A eleição de 6 de novembro repetiu o padrão de “coalizões sociais” da eleição de 2008, produto de uma profunda polarização que vem se desenvolvendo nos últimos anos: Obama conservou majoritariamente o voto dos jovens, dos afro-americanos, das mulheres, dos imigrantes – principalmente hispanos e asiáticos -, da classe média
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