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O NPA não será um verdadeiro partido anticapitalista sem que esteja ancorado na teoria e na formação marxistas
01 Feb 2013 | Um dos fracassos experimentados infelizmente pelo nosso partido diz respeito ao fato de que não é capaz de atrair para si os setores da juventude que a crise histórica do capitalismo impulsionou ã radicalização desde 2007.

Um dos fracassos experimentados infelizmente pelo nosso partido diz respeito ao fato de que não é capaz de atrair para si os setores da juventude que a crise histórica do capitalismo impulsionou ã radicalização desde 2007.

Uma juventude que, no entanto, participou entre 2006 e 2009 de movimentos socais de amplitude na França, desde as lutas contra o CPE (Contrato de Primeiro Emprego) até aquelas contra a reforma das aposentadorias.

À medida que se aprofunda a crise e que a confiança nesse sistema diminui em escala de massas, um espaço de abre, no entanto, para as ideias da revolução. No período anterior, o fechamento do ciclo de luta de classes aberto em 1968, que teve em seguida o desmoronamento das experiências “socialistas” estalinizadas, permitiram uma ofensiva ideológica sem precedentes da classe dominante. Os burgueses imperialistas triunfantes cantavam o fim da história, o desaparecimento do proletariado, e identificaram todo projeto de transformação do mundo com o “totalitarismo”. Cinco anos de crise cortaram profundamente esse triunfalismo.

Isso nos dá ocasião para relançar a ofensiva no terreno das ideias. O marxismo, doutrina da emancipação e de seus métodos sob o capitalismo, pode ser reinstalado em sua vocação contra hegemônica diante de um público sempre mais numeroso de simpatizantes. Isso nos é confirmado pela nossa experiência, certamente ainda muito limitada, por meio do eco encontrado pelas ideias de Trotsky nesse começo de mudança de ares.

Se nós não somos suficientemente capazes de utilizar o marxismo revolucionário como uma ferramenta para convencer e nos construirmos, é também porque no seio do NPA se perdeu uma compreensão histórica da necessidade do comunismo. É preciso então, para nós, uma mudança de olhar sobre nós mesmos, e renovarmos com a convicção de que nós nos inscrevemos numa longa história, aquela de nossa classe e de nossas numerosas experiências históricas em sua luta contra o capitalismo. Pensar nossa organização como uma síntese das experiências passadas e daquelas em curso na luta de classes, é renovar com um marxismo criativo, atual e estratégico, cuja vocação é orientar nossas intervenções.

Cumpre constatar que a renúncia a uma estratégia e a um programa claros conduz a uma desvalorização da teoria e da formação de novos militantes, sem os quais nossa construção se torna dependente dos sucessos pragmáticos e não de nossa convicção do programa revolucionário e do papel histórico da classe operária.

Os cinco últimos anos foram ricos em fenômenos avançados na luta de classes, em numerosas mobilizações da juventude (França, Chile, México, Québec, Estado Espanhol...), em processos revolucionários ainda em curso no mundo árabe, passando pelo movimento de aposentadorias e suas experiências de autorganização na França. Falar da vocação contra hegemônica do marxismo é lembrar que os revolucionários estão aqui para mostrar os laços que existem entre essas experiências, e demonstrar que estas poderiam se constituir num ponto de apoio para a construção de um mundo sem exploração nem opressão. É nesse nível que é preciso colocar a formação interna e a propaganda de nossas ideias !

Jean-Baptiste (93), PZ e Courant Communiste Révolutionnaire

 

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