Declaração da Plataforma Z no final do Segundo Congresso do NPA
A direção saliente ganhou uma ajustada maioria em base a um texto que prepara as condições para um agravamento da crise.
Não propõe nada concreto para a construção do partido, nenhuma prioridade de inserção e intervenção. No fundo, com a "oposição de esquerda", "alternativa política comum" e "governo anti-austeridade" quer resolver a questão do poder num sentido que se distancia da estratégia revolucionária. Para receber os votos dos camaradas sensíveis ã pressão da "unidade" do partido, semeou a confusão entre "governo anti-austeridade", que implica o apoio ao Estado burguês" e "governo dos trabalhadores" que implica pelo contrário um processo revolucionário.
Os lemas propostos abrem o caminho a um "governo de esquerda" com reformistas e anti-neoliberais" enquadrado nas instituições do capitalismo. Este giro faz-se sob a pressão do Front de Gauche que chama ã unidade da "outra esquerda" na perspectiva justamente de um "governo anti-austeridade". Trata-se de um esclarecimento ã direita dos principios fundadores.
Por isso vamos a continuar combatendo esta orientação desastrosa. Nossa política não tem como vocação continuar sendo minoritária. Haverá evoluções no partido diante dos acontecimentos da luta de classes e as mudanças políticas que nos esperam. Nos apoiaremos nos progressos importantes da PZ nestre Congresso enquanto as outras plataformas se afundaram no referente ás cifras absolutas. Nos dirigimos particularmente aos camaradas da PY e a todos aqueles-as que queiram constituir uma frente contra a orientação da direção.
Nos propomos reconstruir o partido na luta de classes em torno aos seguintes eixos:
– Independência política do NPA com respeito ao Front de Gauche: nenhuma alternativa comum é possível.
– Inserção do partido na classe operária,começando pelos setores estratégicos, pela construção de agrupamentos de trabalhadores em torno a folhetos que permitam apropriar-se de nossas propostas e contribuir a elas.
– No momento em que o movimiento operário começa a expandir suas forças como em PSA, Renault, Goodyear, Sanofi, iniciativas para apoiar as lutas, impulsionar a auto-organização e a convergência.
– Frente única para a ação com as organizações do movimento operário, da base para acima, criando uma relação de forças por nossas iniciativas, combatendo as direções sindicais que colaboram mais do que nunca com a patronal e o governo, construindo um polo alternativo.
– Orientação internacionalista e anti-imperialista sistemática combinando o apoio aos povos oprimidos e trabalhadores em luta e o combate contra o nosso próprio imperialismo.
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