Não ao assassinato de trabalhadores
Nenhuma confiança nas investigações do Governo e suas forças políciais:
Por uma Comissão de Trabalhadores para investigar e castigar aos responsáveis
Na quinta-feira 21 de fevereiro, Juan Pablo Jiménez Garrido, presidente do sindicato N° 1 da empresa Ingeniería Eléctrica AZETA, e presidente da Federação de Trabalhadores de AZETA, empresa subcontratista de Chilectra [1], foi encontrado assassinado em seu local de trabalho, de uma bala na cabeça.
Esse dia, iria apresentar na Direção do Trabalho denúncias por abusos trabalhistas e demissões injustificadas.
Além disso, o sindicato tinha ganho o ódio da empresa, já que em dezembro de 2012 o processo de negociação coletiva terminou sem acordo com a empresa, decidindo-se o acolhimento ao artigo 369 do Código do Trabalho, o que chateou os donos da empresa, porque significa repetir a negociação coletiva dentro de um ano. A gerente de Recursos Humanos descalificava os trabalhadores: são "diminuídos de mente", dizia.
A empresa, como se nada houvesse ocorrido, continuou com os trabalhos.
O Governo declarou uma indiferente "preocupação". Que diferença quando os mortos são deles! - recordemos o recente caso Luchsinger-. Para eles os nossos mortos, os mortos do povo trabalhador, não valem nada.
Enquanto isso, a PDI (Polícia de Investigações) declarou que se tratava de uma "bala louca". Podemos confiar nesses agentes dos patrões e seu Estado?
O Sindicato N° 1 de Azeta, numa declaração manifestou seu ceticismo com respeito ã causa da morte, considerando a audiência de denúncia na Direção do Trabalho.
Por sua parte, Cristian Cuevas, dirigente da CUT, assegurou que "não podemos descartar também o tema do assassinato por encomenda porque é um tema que tem-se instalado no nosso país dramaticamente", e afirmou que "muitas vezes tem se denunciado como as máfias tem se instalado para poder impedir o exercício de nossa ação como dirigentes sindicais".
Por sua parte, a presidenta da CUT Bárbara Figueroa afirmou a necessidade de "fazer uma investigação com todos os elementos para poder dar conta do que aconteceu", e que a CUT se "encontra num estado de alerta com respeito a esta situação". Depois adicionou que se reunirão com o Fiscal Nacional Sabas Chauan, para pedir um fiscal especial Conhecemos a Fiscalia, é a da montagem do caso bombas[Denominou-se "caso bombas" ao caso armado a partir do Estado contra um grupo de jovens acusados da colocação de bombas, na que pretendeu-se aplicar a ley anti-terrorista, e terminou com a absolução devido ã falta de provas e um escândalo político que involucrou funcionários e instituiçoes governamentais e judiciárias, por se tratar de uma armação.]] com o ex fiscal Peña. Além disso, o chefe da Fiscalia Sul Raúl Guzmán declarou que isso seria recarregar de trabalho aos fiscais. A CUT dirigida pelo PC junto ã Concertação continúa confiando nas instituições da democracia para ricos da direita e da Concertação. Este não é o caminho. Falta uma politica dos trabalhadores independente da direita e da Concertação.
Os trabalhadores de seu esquadrão anuciam uma paralização diante da atitude da empresa que manteve seus trabalhos.
Não poderá conhecer-se a verdade pelo lado da empresa, seu Governo e suas forças políciais. Não temos que confiar em seus fiscais, como pede a CUT dirigida pelo PC e a Concertação. É necessária a formação de uma comissão dos trabalhadores, organismos de Direitos Humanos, para investigar e castigar aos responsáveis, que seja convocada unitariamente por organizações sindicais, organismos de Direitos Humanos e estudantis.
Enquanto isso não podemos ficar de braços curzados, esta ação só busca amedrentar aos trabalhadores que lentamente vem levantando a cabeça no Chile e no mundo, colocando-se em pé e lutando contra as precárias e muitas vezes inhumanas condições de trabalho nas que nos arrastam os empresários. Seus salários de fome, suas demissões por "necessidades da empresa", seu código trabalhista que ilegaliza a greve ea negociação coletiva, sua Constituição impulsada na ditadura e mantida pelos 17 anos de Concertação e direita.
O PTR tem-se solidarizado com o apoio a diferentes greves de trabalhadores, uma delas foi a de Azeta, onde tivemos a possibilidade de conhecer ao companheiro Juan Pablo.
Enviamos nossas mais sentidas condolências aso familiares e companheiros de trabalho de Juan Pablo. Estaremos apoiando em cada atividade que se organize para exigir que se saiba a verdade sobre a morte do companheiro se se faça justiça.
Da mesma forma fazemos um chamamento ás organizações de esquerda, sindicatos, federações estudantis, etc., a se pronunciar, impulsar e coordenar ações em comum para denunciar este fato repudiável.
Se tocan a um, tocan a todos!
Partido de Trabajadores Revolucionario- Clase contra Clase/ PTR-CcC
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