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Sobre a execução de Saddam Hussein
23 Jan 2007 |

Por Juan Chingo
Sábado, 30 de dezembro de 2006

Está claro que a execução de Saddam Hussein como corolário do julgamento que, apesar de todos os crimes que o ex-homem forte de Bagdá realizou, é uma farsa da ocupação imperialista. Não somente pela presença de 140.000 soldados que seguem ocupando o Iraque, mas também pelo fato de que tecnicamente o julgamento resultou em uma aberração jurídica, como denunciaram inclusive muitos organismos e ONGs dos próprios EUA. Saddam não foi condenado como um ditador nem muito menos pelos crimes que realizou em colaboração com os regimes árabes reacionários da região, Europa e EUA, por exemplo, durante a guerra fratricida entre Iraque e Irã nos anos 1980, quando contava com o apoio do Ocidente para deter a onda expansiva da revolução iraniana.

Este processo de fachada não teve a menor imparcialidade, por mais que se queira fazer parecer como um fato soberano do governo iraquiano (quem pode acreditar nisto?) que pelo contrário pode se voltar contra si mesmo, sobretudo antes os olhos das massas árabes e exacerbando as tensões inter-religiosas no interior do próprio Iraque.

Mas o que chama a atenção é que um fato tão transcendental como a execução de Hussein não pode ser utilizada pela Casa Branca para renovar o apoio ã guerra: esta não apareceu ofensivamente frente ás câmeras e somente mostrou um comunicado escrito depois de sua morte, o que demonstra a debilidade dos EUA no Oriente Médio e sua fragilidade hegemônica em nível internacional.

Inclusive como uma mostra disto, o ex-candidato presidencial democrata nas eleições de 2004, John Kerry, tão belicista como Bush disse em declarações ao New York Times que "Ir a uma guerra para matar uma pessoa? Por favor" e completou "Que a execução é uma distração dos dilemas fundamentais em que se encontra o Iraque". São estas importantes contradições como explicamos os que decidirão o curso da atual guerra.

 

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