Por Movimento Nossa Classe USP
Mais um dia histórico na luta dos trabalhadores da USP. Completando quase 90 dias, enfrentando a intransigência da Reitoria com apoio do Governo Alckmin, os trabalhadores organizaram um novo trancaço. Fechamos a USP por um dia pra denunciar uma universidade que é fechada todos os dias pra população pobre e trabalhadora. Os piquetes nos 3 portões foram violentamente reprimidos pela polícia, mas tiveram que lidar com uma resistência de mais de 1 hora, com os trabalhadores e trabalhadoras da USP ã frente.
Enfrentamos também a justiça burguesa, que a partir de pedido da Reitoria da USP busca “judicializar” nossa greve. O resultado da audiência de conciliação não julgou a greve e buscou que a Reitoria da USP antecipe a negociação. Isso nos dá mais tempo pra continuarmos nossa luta até a semana que vem pelas nossas reivindicações e pra impedir que se efetive o desmonte da universidade. Mas nenhuma ilusão na justiça burguesa! Devemos acreditar somente em nossas forças, utilizando sempre as brechas que pudermos para fortalecer a nossa greve!
Mesmo com o corte de salários e com a repressão (foram cerca de 10 feridos!) os trabalhadores continuam firmes, e em especial os trabalhadores do Hospital Universitário deram uma “prova de amor” ã defesa da saúde pública organizando um emocionante abraço ao HU. Mais do que nunca é hora de chamarmos os estudantes a que tomem esta luta para si. A unidade de todos os setores, e também com muita importância a unidade com a população, são questões fundamentais para enfrentar o tamanho do ataque que é o plano de contenção de gastos.
Continua sendo uma tarefa fundamental da greve impor o pagamento de todos os salários cortados (a juíza disse na reunião de conciliação que era ilegal o corte!), exigir nossas reivindicações em reunião da pauta unificada e impedir o desmonte da universidade. A crise da USP, a maior universidade do país, mostra que os que criaram essa crise não podem mais governar a universidade. Mais que isso, esta estrutura de poder está completamente questionada. É preciso impor, pela força da mobilização, que não seja mais um Reitor ou um Conselho Universitário os que decidam os rumos da USP. Trabalhadores, estudantes e professores devem tomar os rumos da USP em suas mãos.
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