Por Movimento Nossa Classe USP
Há uma semana, logo depois de oficializar o plano de desvinculação dos hospitais, entrega de prédios e demissão em massa - o maior ataque ã USP nos últimos anos -, Zago declarou ã imprensa que poderia oferecer reajuste salarial caso os cortes passassem. Uma chantagem para tentar dividir os trabalhadores da USP. Na última semana os trabalhadores deram um exemplo de resistência contra a repressão, e o ataque ã greve através de sua judicialização não deu certo num primeiro momento. Agora é hora de manter todos os que estão em greve unidos. Nos dividir é a estratégia para fazer passar os maiores ataques. Mas com todos juntos contra os cortes e pelo reajuste, e todos juntos pelos hospitais, podemos vencer.
A desvinculação dos hospitais é um ataque enorme ã universidade, aos trabalhadores – que seriam “gradativamente substituídos”, ou seja, cerca de 2500 demitidos – e ã população. Mas Está ficando claro que com essa medida Zago criou novos inimigos. Estudantes da Enfermagem e da Medicina votaram paralisação até terça-feira contra a desvinculação, Conselhos Deliberativos do HU e os médicos estão contra a desvinculação e estão convocando um ato para o dia do Conselho Universitário, o Conselho de Graduação de toda a USP está contra a desvinculação, as Congregações da Enfermagem, da Psicologia e outras unidades também, e lideranças comunitárias começam a se mobilizar. É preciso, e possível, transformar o HU em uma grande causa popular, mostrar que são os trabalhadores, e não Alckmin e Zago, que defendem a saúde e os interesses da população, conquistar novos aliados, e assim vencer.
Nossas próximas ações devem ir nesse sentido. Ao mesmo tempo, manter a pressão contra o corte de ponto e pelo reajuste, sem nenhuma ilusão na justiça – a desembargadora que por enquanto se negou a julgar a greve é a mesma que decretou as greves de metroviários e rodoviários ilegais. É preciso, ao mesmo tempo, demonstrar pra toda a população que é o governo Alckmin que está por trás destas medidas querendo se beneficiar da desvinculação do HU e do HRAC. Já não basta a situação da água em São Paulo, quer atacar a educação e a saúde.
Assim, nesta semana, podemos impedir que o Conselho Universitário aprove a desvinculação e a demissão em massa, e impor ao CRUESP a negociação do reajuste salarial e da pauta unificada com as categorias em greve nas três universidades estaduais
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