Por Movimento Nossa Classe USP
Essa é uma semana decisiva para o futuro de nossa greve e da universidade. É a hora de todos estarem, mais do que nunca, fortalecendo a mobilização. No dia 2 a reitoria quer aprovar no C.O. o PDV e a política de reajuste salarial. O PDV é uma política de corte de cerca de 2800 postos de trabalho (“numa primera fase”), o que, junto ao congelamento das contratações agora previsto pra durar até 2018, vai aumentar muito a sobrecarga e os acidentes de trabalho e o adoecimento de trabalhadores, e destruir a qualidade do funcionamento da universidade e do atendimento ã comunidade e ã população – e isso independentemente do quanto a reitoria gaste com gratificações para convencer uma parte dos trabalhadores a aderir. É uma tarefa fundamental construir um grande ato e barrar o PDV, e arrancar o reajuste salarial desta casta burocrática que forma o C.O.
No dia 3 se completam 100 dias do início de nossa greve, e haverá negociação entre o Fórum das Seis e o CRUESP sobre a pauta unificada, que inclui o resjuste e uma série de outros pontos, inclusive o HU. Mais uma vez, será decisiva a nossa mobilização, construindo um grande “Ato dos 100 dias” para arrancar nossas demandas.
Essas tarefas se ligam ã necessidade de seguir a luta para que o HRAC volte para a USP e contra a desvinculação do HU – que foi adiada em 30 dias, mas segue nos planos de Zago e da burocracia -, buscando ampliar ainda mais o arco de alianças na universidade e fora dela, mostrando para a população que essa luta é sua e somos nós seus aliados.
Como viemos demonstrando desde o início nossa greve ecoa bandeiras que são do conjunto da população, como a educação e a saúde pública. Por isso, diante da suposta crise financeira da USP continuamos exigindo a abertura dos livros de contas da universidade bem como mais verbas pra USP e pro conjunto da educação.
O ataque da reitoria ã nossa greve, recorrendo ã justiça, por enquanto está saindo pela culatra. A ata do TRT, apontando que os cortes de ponto são ilegais e que a reitoria deveria negociar dão ainda maior respaldo para nossa luta dentro e fora da USP. Mas isso é fruto da legitimidade e da força da nossa mobilização, e é somente ela que poderá garantir nossas conquistas.
Por isso mesmo, o que fará a diferença é a participação ativa de cada trabalhadora e trabalhador nessa semana decisiva para garantir nossas conquistas e barrar os planos de Zago e Alckmin de destruição da universidade.
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