Como parte da terceira ação global por Ayotzinapa, realizou-se outra enorme manifestação na Cidade do México, com ao redor de 30 mil pessoas e onde os estudantes foram o maior contingente, com milhares de jovens de distintas escolas e universidades.
O movimento estudantil mexicano rapidamente se converteu num exemplo de luta para todo o país. Saiu ás ruas para repudiar a repressão e aos desaparecimentos forçados dos estudantes normalistas em Guerrero, ao mesmo tempo que denunciam as manipulações do regime ao redor do caso, onde os três principais partidos não encontram como sair desta crise.
Além disso, nos últimos dias o movimento estudantil organizou assembléias de centenas, em salões, explanadas e jardins públicos para discutir medidas políticas que contribuam a que o governo entregue com vida os 43 estudantes de Ayotzinapa.
Praticamente todas as universidades e cursos públicos do país votaram paralisações ativas, paralisações totais de 24, 48 e 72 horas, ao mesmo tempo em que se incorporam aos bloqueios de avenidas de suas escolas e hoje participaram na marcha. Também alguns institutos de investigação e escolas privadas fazem parte desta organização.
Durante a marcha de hoje, que foi da Casa presidencial em Los Pinos até o Zócalo do Distrito Federal, os jovens denunciaram a manipulação mostrada nos meios de comunicação e sobretudo por parte da Procuradoria Geral da República, o Governo federal, que celebram o ato como se fosse uma grande conquista da justiça. Um cenário em que, ademais, o novo governador interino de Guerrero, Rogelio Ortega do PRD, atreveu-se a dizer que, com a prisão do prefeito de Iguala, José Luis Abarca , “o pior já passou”. Estes novos fatos desataram maior indignação na população. Situação que também expressou nas consignas durante os protestos de hoje e nas pichações.
Também participaram contingentes de trabalhadores, sobretudo das universidades e do magistério, que se somaram ás ações e paralisações nos centros de trabalho.
|