Countrywide, o principal banco hipotecário dos EUA, e que tinha sido comprado pelo Bank of America (o segundo maior banco comercial do país), poderia cair em bancarrota. O Bank of América estaria se retirando deste mal negócio antes de finalizar completamente a operação de fusão de ambas as entidades. Para termos uma idéia do que estamos falando, a Countrywide representou 20% das hipotecas do mercado imobiliário dos EUA durante os últimos anos. Se acontecesse, seria a maior bancarrota bancaria na histórica dos EUA. Uma antecipação, talvez a faísca, de outro pico da crise financeira. Ocorre que com 47% dos ativos dos grandes bancos relacionados com o mercado imobiliário (residencial, comercial, etc.) e com 67% dos ativos dos bancos menores relacionados com o imobiliário, centenas de pequenos bancos das comunidades, dezenas de bancos regionais e alguns bancos nacionais poderiam entrar em bancarrota num provável cenário onde os preços das casas sigam caindo 20% (alguns prevêm até 30%) até o momento em que toquem seu piso 2009-2010. Com esta perspectiva, alguém em sã consciência se atreve a dizer que o pior da crise financeira e econômica ficou para trás? A atual complacência dos mercados pode ser a calma que anuncia a tormenta. Já nos últimos dias, ao calor do aumento dos índices inflacionários, o preço do petróleo a 130 dólares por barril e a economia norte-americana contraindo-se a rápida velocidade, as bolsas começaram a baixar as expectativas desmesuradas que tinha aberto o resgate pela Reserva Federal do Bear Stearns. A crise financeira iniciada há um ano seguirá dando o que falar.
Traduzido por: Felipe Lomonaco
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