FT-CI

ELEIÇÕES NA VENEZUELA

A candidatura de Orlando Chirino

29/10/2012

Por Milton D’Leon, LTS

A grande polarização eleitoral entre Chávez e Capriles dava pouca margem para que se expressasse com certa importância uma alternativa independente operária e de esquerda. A isso se somou o caráter antidemocrático do regime eleitoral que nega espaços gratuitos nos meios televisivos, de rádio ou impressos, que desfavorecem ás organizações que não dispõe de grandes meios recursos, permitindo que os grandes partidos , aproveitado-se dos meios do Estado, e outros dos grandes meios privados, tenham a disposição o monopólio desses meios para fazer propaganda.

Se bem tudo isso tenha sido uma grande limitação para que a figura operária de Orlando Chirino e suas ideias fossem mais difundidas e conhecidas em todos os setores, não é menos certo que a campanha desenvolvida desde o PSL, o partido de Chirino, foi praticamente testemunhal, sem desenvolver uma campanha séria nacionalmente, tendo em conta todas as limitações, realizando uma campanha de conteúdo político muitas vezes confuso e limitada, sem realizar eventos políticos importantes, sendo o maior, o realizado em Caracas que não teve mais que 80 pessoas. Desde o PSL não se convocou uma frente ativa ao redor da candidatura de Chirino, nem se chamou ã coordenação das distintas organizações que o apoiavam abertamente ou com voto crítico, para dar um impulso maior ã campanha, não desenvolveram uma política centrada em fábricas e concentrações territoriais operárias (bairros operários, etc), nem sequer ao redor das organizações sindicais ou correntes internas que se orgulham de dirigir ou das em que tem cargos importantes, o que demonstrou por outro lado, as costuras dessa agrupação.

Uma campanha mais séria e com maior vontade política de brigar por uma fração da classe operária e da juventude, mas sobretudo, mais nítida e clara politicamente, que instalasse com contundência que se tratava de uma opção verdadeira e radicalmente distinta das principais opções patronais, com certeza teria permitido obter um resultado melhor (4103 votos, 0,02%), para além da polarização existente e dos recursos limitados. A “campanha” foi tão rotineira e prestada ã confusão e pouca delimitação dos programas burgueses em disputa, que nem sequer desmentiam, se realmente as declarações de Chirino tenham sido deturpadas ou não, em seus meios eletronicos e escritos quando apareciam em jornais de grande circulação nacional, como El Universal, que é lido por milhares de pessoas, onde o jornalista fazia Chirino aparecer defendendo a “iniciativa privada” ou que “tem-se que sentar com os investidores para fixar regras claras e recuperas as instituições para atrair investimentos” (aparecendo assim como uma candidatura com elementos mais parecidos tanto com os apresentados por Chavéz como com os que colocava Capriles). Frente a uma carta pública da LTS onde apenas pedíamos que clarificassem frente os trabalhadores tais declarações, e se haviam sido deturpadas pelo jornal ou não, e que exigissem inclusive direito de resposta, jamais fizeram nenhum esclarecimento público, limitando-se unicamente a lançar impropérios ã LTS por tal pedido e nenhum impropério ao jornal burguês que supostamente havia colocando na boca de Chirino um programa quase de tipo burguês, ficando tais afirmações como certas, para todos os que haviam lido a entrevista . Lamentável.

De nossa parte, e apesar de todas diferenças com o PSL e Chirino, realizamos uma ativa e militante campanha por uma candidatura operária independente expressa no voto crítico no candidato operário, campanha que ficou documentada e que abarcou desde a publicação massiva de materiais discutindo com os trabalhadores e estudantes, suplementos, cartazes de caráter nacional, atividades de rua com pixações em diversas cidades do pais assim como a realização de eventos políticos como Debates explicando o por que era preciso apoiar um candidato operário e da esquerda, expresso nesta ocasião no voto crítico em Orlando Chirino.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Periodicos

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)