FT-CI

OCUPAÇÃO NA USP

A reitoria da USP está ocupada! É hora de ir por mais!

05/10/2013

[1/1]
[1/1]

JPEG

Na última terça-feira, 1 de outubro, um ato com centenas de estudantes, funcionários e professores exigindo democracia na USP culminou com a ocupação da reitoria por parte dos estudantes. Depois da recusa do Conselho Universitário (CO) a sequer fazer uma reunião aberta, os estudantes entraram no prédio. O DCE colocou para o movimento sua proposta de manter uma ocupação na reitoria com a seguinte pauta: anulação da reunião de hoje do CO e a realização de um plebiscito organizado pela própria universidade a respeito da estrutura de poder. Neste plebiscito constariam apenas as propostas “oficiais” apresentadas na própria reunião do CO, que incluem as do DCE e da Adusp, mas não, por exemplo, a votada pelos trabalhadores em seu congresso ou de outros setores da universidade.

A ocupação da reitoria ocorre em um momento de mobilização na USP, em que diversos cursos vêm protagonizando importantes mobilizações por suas pautas específicas, como nas greves da EACH e Direito, mas também em mobilizações na FEA e FAU. Não apenas na universidade, mas em todo o país a situação política depois de junho é bastante distinta: a derrubada dos aumentos das passagens mostrou a todos que é possível a partir de nossa mobilização independente arrancar dos governos as nossas demandas. Ainda que os atos massivos não estejam mais nas ruas, ainda há importantes mobilizações como as greves de professores no Rio, a greve dos Correios e de Bancários, mobilizações da juventude por diversas questões ao redor do país. As promessas dos governos podem ter conseguido acalmar temporariamente, mas não puderam calar o impulso que levou milhões ás ruas.

Neste sentido, a ocupação da reitoria da USP tem um enorme potencial para conseguirmos colocar de pé novamente o movimento estudantil, ligando as demandas de cada curso com os problemas mais profundos da universidade e da sociedade, e ligando-se com os trabalhadores efetivos e terceirizados da USP e as mobilizações em curso. Para isto, precisamos ir a cada curso discutir com os estudantes nas salas de aula e a necessidade de comparecer ã assembléia geral de hoje, fortalecer a ocupação e construir uma greve unificada, transformando a ocupação não em um fim em si mesmo mas em um ponto de apoio para mobilizar todos os cursos.

A proposta do DCE de levantar como pauta da ocupação um plebiscito organizado pela reitoria está no sentido oposto: coloca todo o potencial da mobilização dos estudantes para exigir da reitoria mais um instrumento institucional de pressão, no qual a única expressão dos estudantes será votar em propostas feitas pela própria burocracia acadêmica ou, no máximo, pela direção do DCE. É necessário que confiemos nas forças de mobilização dos que são a maioria da universidade, os estudantes e trabalhadores. É porque temos nas nossas mãos a força de parar a universidade que também consideramos insuficiente a proposta do DCE para democratizar a universidade, que se baseia em eleições diretas e paritárias pra reitor. Não apenas na “paridade” o voto de um professor vale o de cerca de 16 estudantes ou 5 funcionários efetivos (os terceirizados sequer votariam!), mas também aponta como problema apenas quem é o reitor, esquecendo-se que a universidade é gerida por um punhado de professores titulares reunidos no CO, que decidem seus rumos de acordo com seus interesses particulares.

É hora de colocar dentro da USP o espírito de junho, avançando para exigir a democratização radical da universidade! Temos que fazer a reitoria recuar nos principais ataques que fez ao movimento nos últimos anos, e para isto exigir a retirada dos processos existentes contra o Sintusp e estudantes, a reintegração dos estudantes que permanecem expulsos e de Brandão! Levantemos a bandeira da dissolução do CO e uma Estatuinte Livre e Soberana convocada a partir de nossa mobilização. Por um governo da universidade composto pelos professores, funcionários e com maioria estudantil! Lutemos pela democratização do acesso ã USP, com a implementação de cotas para negros proporcionais ã população do Estado e pelo fim do vestibular que mantém a juventude pobre, negra e trabalhadora de fora! Lutemos pela democratização do trabalho na universidade, acabando com as empresas terceirizadas cujos donos são os próprios membros do CO e exigindo a efetivação imediata de todos os terceirizados, com iguais direitos e salários aos dos efetivos!

Por uma universidade sem burocratas!

Dissolução do CO e do reitorado!

Estatuinte Livre e Soberana!

Por um governos tripartite com professores, funcionários e maioria estudantil!

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)