1,5 milhões de palestinos ã beira do desastre
Abaixo o isolamento de Gaza!
25/01/2008 LVO 265
Há mais de uma semana o Estado de Israel cercou todas as fronteiras que conectam a Faixa de Gaza com o resto do território, e suspendeu o fornecimento de energia, água, combustível, alimentos e medicamentos, deixando a população palestina de 1,5 milhões ã beira do desastre.
Em 23 de janeiro cerca de meio milhão de palestinos desesperados derrubaram a muralha que separa a Faixa de Gaza do Egito, levantada pelo governo de Mubarak em busca de alimentos ou bens básicos. A situação é tão extrema que em alguns países como a Jordânia se realizaram manifestações para repudiar este crime contra o povo palestino exigindo a ruptura de relações com o Estado de Israel. Este método de castigo coletivo digno dos regimes totalitários e dos exércitos de ocupação, que conta com aval dos EUA, da União Européia, dos regimes árabes e do governo palestino de Mahmud Abbas, serviçal do Estado de Israel e do imperialismo, é empregado assiduamente pelo estado sionista para submeter e acabar com a resistência palestina. A isso se somam os bombardeios do exército israelense contra a população civil e os assassinatos de dirigentes do Hamas, Jihad Islà¢mica e outras organizações radicais.
Em junho do ano pasado o presidente palestino Abbas tentou pôr fim ao governo do Hamas, eleito em janeiro de 2006. Após um breve enfrentamento as forças leais a Abbas abandonaram a Faixa de Gaza, que ficou sob governo do Hamas. Desde então, tem se reforçado o bloqueio e o isolamento deste pequeno território com o objetivo de forçar a queda do governo. A isso se somou o governo egípcio do ditador Hosni Mubarak, que fechou a fronteira com Gaza.
O governo de Olmert lançou impunemente conversações entre Abbas e Israel para o estabelecimento de um suposto “estado palestino”. Isso demonstra uma vez mais que o estado sionista e Estados Unidos com a cumplicidade da “comunidade internacional” e os governos árabes e a ajuda do Al Fatah estão recorrendo novamente ao terror e ao castigo coletivo para derrotar a resistência do povo palestino e conseguir com que este renuncie a seu direito elementar ã auto-determinação nacional e aceitar viver em guetos sob o domínio colonial e o estado racista de Israel.
Mais do que nunca é necessária a solidariedade dos trabalhadores e dos oprimidos com o povo palestino que mais uma vez está submetido ao ataque bárbaro do terrorista Estado de Israel.
Traduzido por Simone Ishibashi