LUTA CONTRA O AUMENTO DA PASSAGEM
Chega das máfias: Barrar o aumento, arrancar o passe livre para desempregados e estudantes e estatizar o transporte!
12/06/2013
Por Juventude As Ruas
Chegamos ao terceiro ato contra o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trens!
Apesar da dita “falta de recursos” da prefeitura e do estado para garantir a diminuição das tarifas, não faltou lugar no orçamento para as bombas, balas de borracha e cassetetes usados como o instrumento do “diálogo” contra nosso movimento.
Foram diversos os feridos e presos nos atos em SP, assim como nas cidades aonde a luta continua, como no Rio, Poá, Goiânia, etc. Apesar disto, em algumas destas cidades, como Goiânia, conseguimos uma importante vitória, que foi barrar o aumento que buscavam impor ã juventude e aos trabalhadores.
Eleito como o “novo” e “socialista”, que propunha uma mudança em SP, Haddad e seus comparsas em outras cidades, demonstram que são mais do mesmo “velho”: Reprimem brutalmente a juventude, declaram apoio a ação da PM, taxam o movimento de “violento”, fazem demagogia em algumas cidades, diminuindo passagens em ridículos 10 centavos para tentar desviar a luta e, em outras, “chacota”, dizendo que somos um movimento “utópico”, declarando ser impossível garantir o transporte como um direito público e gratuito. Negam assim, sem nenhum constrangimento, um direito mínimo, social, ao transporte público e gratuito para todos, como a constituição diz ser “garantido”, ao mesmo tempo em que garantem rios de dinheiro aos grandes grupos privados do transporte.
Não dizem nada, estes “socialistas”, sobre a violência que está na miserável condição de desemprego imposta a Juventude pobre e da periferia; ou que ela está na completa ausência de qualquer direito em saúde, moradia, educação e transporte, todos estes privatizados, nas mãos de máfias; não dizem que é a tarifa absurda do transporte público que impede milhões do direito de “ir e vir”, e não os atos de rua; enfim, só mais do mesmo.
Muito têm em comum, estes senhores, com os “líderes” europeus, turcos ou árabes que, enquanto dão fartura aos capitalistas, para a Juventude reservam apenas o futuro da miséria, da opressão, do sangue e das lágrimas.
Nossa luta continua e, para isto, devemos ter clareza de nossos objetivos e de que não somos diferentes da juventude que luta por seu futuro em todo o mundo! Não podemos admitir nenhuma prisão ou repressão sob o argumento do “vandalismo”; Vandalismo é impor a um jovem e trabalhador que gaste 10 reais por dia, enjaulado numa lata de sardinhas, esperando e levando horas no transporte público! Por isso, devemos exigir a imediata liberação de todos os presos e a retirada de quaisquer processos: Lutar não é crime!
Nossa luta é para barrar o absurdo aumento das passagens, no entanto, sabemos, este é mais um efeito deste sistema nas mãos das máfias do transporte! Precisamos ir além, lutando para impor o passe livre para desempregados e estudantes imediatamente e, junto disto, lutar pela estatização do transporte público!
Estatizar, ao invés de “municipalizar”- como diz o MPL -, é preciso, pois significa que o transporte será público, do Estado, ou seja, não estará organizado de acordo com interesses de SPTrans ou quaisquer máfias dos patrões.
Haddad disse não ter 6 bilhões para zerar a tarifa, nem falar para estatizar. Se a situação é tão grave, que abra as contas do orçamento, para vermos quais são as prioridades da prefeitura! Veríamos, então, um orçamento bilionário pagando bilhões a “dívidas” com meia dúzia de bancos, tudo isto, contra os direitos de 32 milhões de nossa cidade.
Não é preciso falar, é claro, no quão irônico é esbravejar a falta de dinheiro enquanto, na câmara municipal, na qual se encontram vereadores do PT que apoiaram eleitoreiramente a luta contra o aumento em 2011 e hoje nos chamam de “filinhos de papai” e “violentos”, gastam mais de 3 bilhões com “custos” de um punhado de parasitas.
Para tudo isto, então, precisamos de formas democráticas de organização! Há notícias de que até mesmo a ABIN (a CIA brasileira) tem se infiltrado e espionado nossos atos e isto num governo de uma “ex-combatente” contra a ditadura...
É preciso que organizemos um comitê que seja aberto a todos os independentes, grupos, associações, sindicatos, grêmios, entidades e partidos, para organizar a luta contra o aumento, construindo coletivamente idéias e propostas e construir uma unidade, tirando representantes votados nas escolas e Universidades, nos possíveis locais de trabalho, etc , a fim de criar uma aliança operária, estudantil e popular por nossos direitos e isolar esta espionagem!