FT-CI

Declaração da LTS-CC, do México

Greve imediata em defesa do SME! Fora o exército das instalações de LyFC! Se atacam um, atacam todos!

19/10/2009

GREVE IMEDIATA EM DEFESA DO SME !

FORA O EXÉRCITO DAS INSTALAÇÕES DE LyFC!

SE ATACAM UM, ATACAM TODOS!

Com o ataque do governo de Calderón ao Sindicato Mexicano de Eletricistas, ao fechar Luz y Fuerza del Centro e demitir mais de 46 mil trabalhadores, abre-se uma nova etapa na ofensiva do panismo (referente ao partido do presidente, o PAN) contra aos trabalhadores, e busca assim estabelecer uma relação de forças favorável aos patrões e ás instituições do regime. O que significa passar da ingerência nos sindicatos – como no caso do sindicato mineiro – a liquidar as organizações de trabalhadores e seus contratos coletivos.

Esta política obedece aos compromissos de Calderón com o governo dos EUA, as transnacionais, o FMI e a patronal nacional, para privatizar a indústria energética, o petróleo e o gás com o discurso de: “aproveitar sua capacidade produtiva”. Os meios de comunicação, ã serviço dos exploradores, dizem que os trabalhadores do SME são “privilegiados”, mesmo discurso utilizado no processo de privatização de Telmex e contra os trabalhadores da saúde, nas últimas semanas além disso se dedicaram a exigir ao governo que termine com seu contrato coletivo. Chamam de privilegiados aos que conservam o direito ã segurança social e prestações. Sua intenção é que os assalariados vivamos todos nas priores condições para redobrar nossa exploração e para seguir chantageando-nos com o desemprego. Por isso, o plano de recontratação com novas condições trabalhistas que anunciou Calderón em sua mensagem ã nação, só tem por objetivo transformar aos companheiros eletricistas em trabalhadores precarizados, como a maior parte dos assalariados no México. Calderón quer continuar e aprofundar os mesmos planos anti-operários que vimos com Salinas de Gortari, Zedillo e Fox.

Ocultam que os únicos privilegiados deste país são as transnacionais e os grandes burgueses nacionais que tem espoliado nossos recursos, e agora querem deixar cair o peso da crise sobre nossas costas. Mas, privatizar a indústria elétrica, só pode conseguir-se sobre a base de uma forte derrota do movimento operário em seu conjunto, por isso os trabalhadores devemos responder ã altura das circunstâncias até derrotar o ataque.

Por uma grande luta até derrotar o ataque de Calderón

Esta ofensiva anti-operária, dá-se no marco da crise econômica em curso, que já é descarregada pela burguesia sobre a costas dos trabalhadores, como demonstram os demitidos, os fechamentos técnicos, o “tarifaço” e o “decálogo de miséria” que são as dez reformas de fome propostas por Calderón. É momento de que o poderoso peso da classe operária mexicana seja notado. Desde há uns anos, importantes destacamentos de trabalhadores protagonizaram importantes lutas contra o regime da “alternância”: como a rebelião operária em Sicartsa, as greves mineras, a luta do magistério contra a “Aliança pela Qualidade da Educação”, a luta dos trabalhadores democráticos do STUNAM contra a lei do ISSSTE, o movimento contra a fraude e a importante experiência de gestão da APPO no estado de Oaxaca.

Os companheiros trabalhadores que tem protagonizado estas lutas são uma força chave para confluir com a luta do SME e jogar abaixo o reacionário decreto presidencial que pretende vender a energia elétrica ás transnacionais e ã burguesia nativa. Só a força da classe operária, junto aos setores populares, pode reverter o golpe do direitista governo de Calderón. Para isso é fundamental fazê-lo desde uma perspectiva independente e com os métodos próprios da classe operária. Não podemos confiar em que os partidos do Congresso, que uma e outra vez tem votado contra os trabalhadores, resolvam as demandas dos companheiros eletricistas. Menos ainda a reacionária Suprema Corte de Justiça que legitimou a liquidação do regime de pensões e aposentadorias do IMSS e a aprovação da anti-operária lei do ISSSTE e, que há apenas alguns meses deixou em liberdade os autores da matança de Acteal. As instituições deste regime já demonstraram que estão ao serviço dos donos do capital, que são os primeiros interessados em destruir as organizações operárias e privatizar os recursos. A importante luta contra a fraude, demonstrou pela negativa que não basta mobilizações massivas e pronunciamentos. É crucial começar a preparar uma luta decidida e contundente contra a desintegração de Luz y Fuerza e a ocupação militar.

Hoje o governo pretende dividir aos trabalhadores, propondo liquidações de até dois anos e meio de salário e a suposta recontratação de um máximo de dez mil trabalhadores, frente a aniquilar seu sindicato. Contra estas manobras, os trabalhadores devem manter a unidade contra este ataque a sua organização sindical com noventa e oito anos de tradição e uma das mais fortes do país.

O primeiro e urgente passo é chamar ã conformação de Comitês em defesa da indústria elétrica em todos os centros de trabalho, fábricas, escolas e colônias. Temos que organizar brigadas para ir ás subestações e realizar agitação na Cidade do México e em todos os estados, nas fábricas, nos mercados, nas praças públicas e nas estações do transporte público. Devemos impulsionar, desde estes comitês de solidariedade e toda forma de organização que surja, junto com atividades informativas e de agitação que expliquem ã população trabalhadora a causa do fechamento de Luz y Fuerza que a campanha midiática de desprestígio oculta. Nas universidades, os estudantes e trabalhadores devem realizar assembléias e organizar a paralisação em suas escolas e colégios.

Todos a solidarizar-nos com os trabalhadores do SME!

Greve Nacional em solidariedade com o SME

Hoje, mais do que nunca, é indispensável que as organizações de trabalhadores parem em solidariedade. Não esperemos um minuto mais. Não bastam as declarações de oposição. A assistência ã marcha de 8 de outubro de destacamentos do STUNAM, de mineiros e do Sindicato do Metrô é um primeiro passo na unidade, mas agora, junto ã marcha de 15 de outubro, impulsionemos uma medida que lhe torça o braço ao governo e o demonstre que o movimento operário é um só. As organizações sindicais são as primeiras interessadas em que o golpe ao SME não passe, porque se o governo triunfa com esta se fortalecerá para surgir golpeando aos demais sindicatos. Nem uma luta isolada mais!

Que a UNT comece a greve solidária com o SME. Que o STUNAM, que tem se pronunciado em apoio ao SME, impulsione esta proposta. Os companheiros da CNTE também devem somar-se ã convocatória. Que os trabalhadores da Companhia Federal de Eletricidade se neguem a trabalhar nas instalações de Luz y Fuerza del Centro e se somem à luta de seus irmãos de classe.

Para fazer efetivo este chamado e organizar a paralisação, é imperativo organizar uma Assembléia Nacional das organizações operárias e populares, onde discutamos democraticamente um plano de luta unificado, medidas de ação e um fundo de luta para os eletricistas, até colocar abaixo o decreto reacionário. Por uma paralisação nacional em defesa do SME e contra a privatização da indústria elétrica!

As organizações sociais e sindicais que confiam na direção de AMLO e que tem sido parte do movimento em defesa do petróleo e da CND, assim como aos milhares que se mobilizaram contra a entrega de PEMEX, tem a tarefa de exigir-lhe a sua direção que faça já a chamada a paralisações e bloqueio das ruas e estradas em todo o país.

Triunfar nesta luta abrirá o caminho para lutar pela renacionalização das áreas de geração entregues ao capital privado, e pelo controle dos trabalhadores sobre o conjunto da indústria elétrica. Eles são os únicos que podem administrar em benefício das grandes maiorias, eliminando os subsídios aos capitalistas e garantindo a isenção de tarifas para os setores populares.

Abaixo o decreto de calderón! fora a pfp de luz y fuerza!

por uma mobilização nacional para derrotar o ataque privatizador!

greve nacional em solidariedade com o sme!

todos a defender aos companheiros eletricistas!

  • TAGS
Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)