FT-CI

Declaração Fração Trotskista - Quarta Internacional

Operação “Pilar defensivo”. Novo ataque do Estado terrorista de Israel contra o povo palestino

23/11/2012

1. Desde o dia 14 de novembro, durante 8 dias, o Estado de Israel manteve brutais ataques diários, com bombardeios aéreos e navais, contra a Faixa de Gaza, assassinando Ahmed Jabbari, um dos principais líderes do HAMAS, além de 150 palestinos e mais de mil feridos. Vários jornalistas estrangeiros foram feridos, demonstrando uma vez mais que as bombas e mísseis israelenses se dirigem a uma ampla gama de objetivos que inclui instalações civis, infraestrutura, moradias inclusive, e oficinas de imprensa. Por sua vez, as forças de resistência palestina enviaram mais de 1000 foguetes de distinto alcance sobre o sul de Israel, chegando inclusive a Tel Aviv e Jerusalém. Estes artefatos, ainda que tenham causado poucas baixas e escasso dano, têm um enorme efeito psicológico sobre a população de Israel e moralizam os palestinos. Os bombardeios israelenses enquanto parte da operação denominada "Pilar da Defesa" foram acompanhados pela maior mobilização militar em décadas, convocando a dezenas de milhares de reservistas e enviando tropas e tanques ã fronteira de Gaza. Isso ameaça se transformar em uma escalada de violência, incluindo a possibilidade de um ataque terrestre em grande escala contra Gaza. Os quase dois milhões de palestinos que vivem neste minúsculo território, famintos e reduzidos ã miséria sob o brutal bloqueio israelense, enfrentaram um novo martírio, como o que já viveram na anterior ofensiva israelense de 2009, chamada "Chumbo Fundido" e que deixou mais de 1400 mortos, além de uma enorme destruição material. No dia 21 de novembro a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton anunciou junto ao ministro de relações exteriores egípcio o cessar-fogo, aceito pelo Estado sionista e pelo HAMAS. Ainda que seja muito cedo para avaliar como ficaria a relação de forças e não se conheçam os detalhes do acordo, este se limitaria a uma promessa de Israel de permitir afrouxar parcialmente o bloqueio ã Faixa de Gaza em troca de que o HAMAS garanta que se suspendam todos os ataques palestinos em território israelense.Há que dizer que esta "trégua", da qual o Egito é o garantidor é ainda precária, não dá nenhuma garantia de que Israel não retome seus ataques militares, e não altera minimamente as condições de opressão do povo palestino. O governo egípcio em mãos da Irmandade Muçulmana foi um ator chave exercendo sua influência sobre o HAMAS a serviço de manter a estabilidade regional e o tratado de paz com o Estado de Israel, mostrando que não está disposto a por em risco sua aliança com o imperialismo.

2. De nenhuma maneira se pode equiparar a sofisticada maquinaria de guerra israelense que impõe a opressão colonialista sobre os palestinos, expulsos de suas terras e moradias, submetidos a um regime de fome e terror, tendo negados seus direitos nacionais e democráticos mais elementares; com as ações militares do HAMAS e outros grupos que para além de seus programas, são parte da justa resistência do povo palestino. Desde a imensa destruição que deixou a operação "Chumbo Fundido" de 2009, o HAMAS e outros grupos da resistência recuperaram forças e mostram sua capacidade de dar golpes como com os mísseis atirados, ainda que tenham escassa eficácia destrutiva, possuem grande importância simbólica e moral. A imprensa mundial e Israel com seus aliados, utilizam o lançamento dos mísseis e outras ações de resistência para justificar seus massacres em nome da "guerra contra o terrorismo". Certos socialdemocratas e "progressistas" põem um sinal de igual entre a brutal investida bélica israelense, e o "terrorismo" palestino, com o que lavam a cara hipocritamente do verdadeiro agressor e responsável histórico da situação: o Estado de Israel com seus métodos terroristas que vão desde a tortura aos mais de 4.500 palestinos presos e o assassinato "seletivo" de dirigentes do HAMAS e outros grupos da resistência, ás represálias de castigo ã população palestina em seu conjunto, submetida a condições de vida equiparáveis a uma "prisão a céu aberto".

3. O imperialismo de conjunto saiu uma vez mais a respaldar o Estado de Israel, ao qual protege, arma e financia. A alemã Angela Merkel, bem como o "socialista" francês Hollande, apoiaram a política de Netanyahu. O conservador inglês Cameron se permitiu apenas insinuar que não se deve exceder nas baixas civis para não se desprestigiar. O reeleito presidente Barack Obama tomou partido imediatamente pelo "estratégico compromisso com Israel" sugerindo em 19/11 "contenção" a Netanyahu, já que "seria preferível evitar a ofensiva terrestre". Alinhado com o apoio imperialista a Israel, a ONU deixou correr as ações - decerto o Conselho de Segurança não condenará a operação "Pilar Defensivo" ao mesmo tempo em que Kofi Annan anuncia uma visita ã Gaza e respalda a mediação iniciada pelo Egito. Como é habitual esta ofensiva militar de Israel não será alvo de nenhuma condenação por parte da "comunidade internacional".

4.Dessa maneira, o governo de Netanyahu conta com o apoio imperialista para impor seus objetivos: dar um novo golpe ao povo palestino impedindo que este siga "levantando a cabeça" ao calor das mudanças provocadas pela "primavera árabe" na região, e debilitar política e militarmente o HAMAS; capitalizar a seu favor a opinião pública de Israel, já que em janeiro de 2013 haverá eleições; e também pressionar Obama para que privilegie os interesses israelenses em sua segunda presidência, quando a declinação da hegemonia ianque se deixe sentir em todo o Oriente Médio após a retirada do Iraque e os efeitos da primavera árabe, que derrubou os aliados diretos dos EUA e Israel, como a ditadura de Mubarak, que garantiu durante três décadas a segurança do Estado sionista e a manutenção da estabilidade regional. Os dirigentes de Tel Aviv desconfiam da capacidade dos EUA de frear esta deterioração e fazer frente ao que identifica como ameaça direta ã sua segurança e ã sua posição privilegiada como enclave e polícia imperialista no Oriente Médio. Por exemplo, o fortalecimento do Irã como potência regional que poderia desenvolver capacidade nuclear (até agora Israel é quem tem o monopólio do armamento nuclear no Oriente Médio); e também que a guerra civil na Síria termine não só estendendo-se ao Líbano, como que Assad termine sendo substituído por um regime de influência islà¢mica, em um país de grande importância geopolítica. Isso o obriga a olhar com crescente preocupação sua fronteira norte, já que Israel ainda está "tecnicamente" em guerra com este país dado que mantém uma nova e crescente onda de protestos na Jordânia e a recuperação do HAMAS em Gaza agitam sua fronteira sul e leste.

5. O regime sionista, ademais, mostra importantes elementos de crise interna: há um latente descontentamento com os ajustes neoliberais que o atual governo impulsiona (no ano passado houve importantes mobilizações de "indignados" israelenses), a solidez do bloco social sionista está questionada como possivelmente nunca antes. Tel Aviv enfrenta um crescente isolamento diplomático na região, com importantes governos, como o da Turquia e o próprio Egito, tomando distância e buscando melhorar suas relações com outros países árabes. Como em outras ocasiões, Israel joga a carta das provocações armadas para impor seus interesses e pressionar ã direita uma conjuntura que ameaça evoluir de maneira desfavorável. Netanyahu se aliou ao ultradireitista chanceler Avigdor Lieberman para as próximas eleições, em torno de um programa que inclui como um dos seus eixos a extrema dureza em relação aos palestinos e suas reivindicações, continuando a implantação de colônias sionistas na Cisjordânia e todas as medidas que absorvem cada vez mais os territórios palestinos.

6. Na crise regional gerada pela ação israelense, o governo do Egito, a Liga Árabe, e outros governos da região criticaram os ataques israelenses e fizeram gestos como a visita de ministros e altos funcionários a Gaza, e a retirada do embaixador egípcio de Tel Aviv. Também o governo turco de Erdogan (muçulmano moderado), que apoia a oposição armada contra Assad na Síria busca ampliar sua influência no mundo árabe, endureceu seu discurso contra Israel acusando-o de "Estado terrorista". Mas é o presidente egípcio Mursi que vem tendo um protagonismo importante, localizando-se como mediador entre Tel Aviv e Gaza. O Egito pretende por algum limite ao ataque israelense, mas respeitando o essencial dos pactos e acordos com Israel e os EUA, elaborados por seus antecessores. Mas Mursi se assenta em uma situação diferente: deve impor o desvio e estabelecer um novo regime depois da queda revolucionária de Mubarak, e para isso tem que ter em conta sua base social, hostil a Israel e que simpatiza com os palestinos. Mursi trata de manter um delicado equilíbrio para não ficar como pró-Israel, mas respeitar ao mesmo tempo os compromissos de segurança com o estado sionista e os EUA (de quem recebe uma grande quantia em ajuda militar e apoio para gerir fundos no FMI). Assim, até agora e apesar dos gestos (como enviar seu ministro de relações exteriores a Gaza, ou não receber no Cairo o líder do HAMAS, Khaled Mashaal e Abdulah Shaleh, líder do Jihad Islà¢mico), apenas levantou o fechamento de algum território na fronteira com Gaza: sua política é manter os palestinos semi asfixiados, enquanto se apresenta como mediador, e os utiliza como carta na negociação com Israel e o imperialismo.Isso evidenciou o papel chave que teve na negociação da trégua junto ao governo dos Estados Unidos.

7. A explosão da "primavera árabe" em fins de 2010, com levantamentos revolucionários de massas derrubando a agentes chave do imperialismo como Mubarak, significou uma mudança qualitativa para a luta de classes, as relações de força e a "geopolítica" nesta estratégica região, questionando o status quo regional montado nas últimas décadas pelo imperialismo. Todos os atores na região estão obrigados a ter em conta este fato decisivo que também alterou favoravelmente as coordenadas da resistência palestina. O imperialismo contestou aos processos de rebelião nos países árabes combinando o apoio a "transições" como a que preside Mursi e incorporando os partidos islà¢micos moderados como a Irmandade Muçulmana como um interlocutor imprescindível para poder desviar o processo, com intervenções como a da OTAN na Líbia, tentando por sua vez se apresentar como "amigo dos povos árabes". Para recompor o domínio imperialista, o governo de Obama e vários da Europa (como o francês) se utilizam de demagogia frente aos processos árabes, seja por meio da intervenção direta ou "humanitária" como foi na Líbia, ou através do apoio ã transição como no Egito, sem por isso abandonar seus aliados tradicionais: o Estado de Israel e a monarquia saudita.
Ainda que a situação da luta de classes na região esteja marcada pelos desvios sob os novos governos, está longe de ter se recomposto o velho equilíbrio. Neste marco, a instabilidade se expressa entre outras situações, na guerra civil na Síria, onde o imperialismo ainda não conseguiu arquitetar uma saída para a substituição de Assad. Mobilizações como as recentes na Jordânia ou a persistência das greves e protestos no Egito, Tunísia, etc. indicam que as contradições profundas que alimentam a rebelião árabe seguem abertas. A crise política reaberta na Líbia mostra que não é tão fácil para o imperialismo assentar seus planos de contrarrevolução "democrática". Neste marco, o ataque a Gaza brinca com fogo, pois ao mesmo tempo em que desnuda o verdadeiro rosto de Israel e do imperialismo que o sustenta, tenta atuar para preservar o status quo em que tem um papel privilegiado. A estratégia de provocações israelenses busca compensar a debilidade de suas posições políticas e diplomáticas com um endurecimento do regime sobre os palestinos e ameaçando com o uso de sua força militar. Neste sentido, ainda que responde ao fato certo da maior atividade do HAMAS e do Jihad Islà¢mico em Gaza, a operação militar israelense tem traços preventivos e busca evitar uma maior deterioração frente ao novo cenário regional no qual pesam as forças islà¢micas em vários países decisivos e com os quais o imperialismo negocia, como é o caso do Egito. Mas nas atuais condições pode terminar piorando ainda mais as relações com os vizinhos importantes como a Turquia, e o Egito, e despertar maior rechaço internacional. Por isso, e não pela "preocupação com os civis" é que a "comunidade internacional" pressionou para que Israel não avançasse a uma ocupação terrestre de Gaza que poderia trazer resultados políticos contraproducentes para o status quo imperialista.

8. Neste marco, é também complexa a situação interna no campo palestino, dividido entre a Cisjordânia, controlada pelo Al Fatah e Gaza, onde o HAMAS dirige. A Autoridade Palestina presidida por Mahmud Abbas, o dirigente do Fatah, enfrenta um crescente desprestígio que se expressou na grande abstenção nas recentes eleições municipais de julho, refletindo o descontentamento popular com seu curso completamente subordinado a Israel, sua política repressiva e a corrupção de seu regime. Abbas se lança a melhorar sua imagem com a tentativa de obter o reconhecimento de "Estado observador" na ONU, um status simbólico que ainda assim, Israel e os EUA se empenham em vetar. Ante os bombardeios a Gaza, demorou dias em chamar "manifestações pacíficas". A deterioração de Abbas se contrapõe ao relativo fortalecimento do HAMAS, que conseguiu sobreviver ao isolamento internacional e o bloqueio ao qual foi submetido desde que ascendeu ao poder em Gaza em 2006, conseguindo ampliar suas relações na região. Esta situação melhor do HAMAS se apoia por um lado na mudança de clima político nos Estados vizinhos, consequência do impacto da "primavera árabe" no calor da qual se produziu o ascenso dos partidos islà¢micos aos quais está estritamente ligado, como é o caso da Irmandade Muçulmana de Morsi no Egito, e por outro lado, a uma profunda viragem política, que se reflete na alteração de suas alianças. Os velhos laços com o Irã se debilitaram e com a Síria estão rompidos. De fato, o comando do HAMAS foi expulso de Damasco por não apoiar a Assad, e teve que se refugiar em outras cidades árabes. Por outro lado, se fortaleceram seus laços com o Qatar (a primeira viagem a Gaza de autoridades do país), Egito e outros regimes islà¢micos. Estas mudanças provocam crise no interior do HAMAS, com o atual dirigente Jaled Meshal anunciando sua retirada e a pugna por sua sucessão entre duas alas rivais. Até agora, o HAMAS vinha administrando a Faixa de Gaza de uma forma muito moderada, controlando inclusive os setores mais radicais para evitar maiores incursões contra Israel. Porém, após o assassinato de Jabbari (que estava negociando uma trégua quando os israelenses o executaram com um míssil) esta pugna interna contribuiu para a audácia nos lançamentos de foguetes sobre Israel, já que ninguém deseja aparecer como mais brando na resposta ã agressão sionista.

9. O lugar dos trabalhadores e da juventude é sem dúvida junto aos palestinos e sua justa luta pela autodeterminação nacional, cujos mais elementares direitos são hoje brutalmente negados sob a opressão do Estado israelense. Não há, como pintam a maioria dos meios de imprensa internacionais, um Israel que "deseja viver em paz", mas deve contestar a agressão do "terrorismo". Não há "dois demônios": uma Israel que se defende com métodos brutais de "terroristas" islà¢micos. O que há é a brutal opressão do Estado sionista sobre martirizado povo palestino que, entretanto, não cessa em sua heroica resistência e suas justas reivindicações históricas. Nos países imperialistas é fundamental a organização de ações de solidariedade - greves, mobilizações, etc - contra a política de seus próprios governos e pelo triunfo da resistência palestina; da mesma maneira nos Estados Unidos o principal provedor de armas a Israel, os trabalhadores devem organizar ações efetivas para paralisar o envio de armas e artefatos bélicos que massacram e assassinam o povo palestino.

10. Para os socialistas revolucionários, o justo apoio à luta do povo palestino, a defesa de suas organizações, e estar a favor do triunfo militar da resistência e pela derrota das armas sionistas não significa dar apoio político ás direções com as quais temos profundas diferenças, e cujas estratégias se demonstraram ser impotentes para conseguir uma saída progressista ã causa palestina. Al Fatah, a organização nacionalista que hegemonizou a OLP com Arafat, com sua estratégia de conciliação com o imperialismo terminou sua completa capitulação ante o Estado de Israel, sintetizada no atual governo colaboracionista de Mahmud Abbas. Tampouco o HAMAS com seu programa islamita nos marcos da ordem burguesa, seus métodos completamente alheios da mobilização e auto-organização de massas, sua confiança em diferentes regimes burgueses árabes, pode proporcionar uma direção para levar ao triunfo a causa nacional palestina.

11. O legítimo direito ã autodeterminação palestina não pode garantir-se na sombra do Estado sionista armado até os dentes. Não há solução com a política de “dois estados” na qual o lugar reservado aos palestinos é o de mão de obra superexplorada e isolada em guetos que não podem ser mais que um arremedo de Estado próprio. Por outro lado, há que recordar que o massivo movimento dos “indignados” israelenses do ano passado, que reclamou “justiça social” , se encontrou em um beco sem saída ao negar-se a levantar “justiça social - também para os palestinos” como propunham alguns setores de esquerda. As crescentes contradições sociais internas de Israel podem criar melhores condições para que entre os setores menos privilegiados da classe trabalhadora (que hoje inclui a meio milhão de imigrantes de todo o mundo), comecem a quebrar os laços que a subordinar ao sionismo e a seu programa de opressão sobre os palestinos. Aqueles trabalhadores e jovens judeus que desejem viver em paz e não ser parte da militarização permanente como guardas a serviço imperialista, devem romper com o bloco burguês sionista e estender a mão ao povo palestino e aos árabes.

12. A única solução de fundo para que os povos palestino e judeu possam conviver em paz é desmantelando até sua base o Estado de Israel, um enclave racista e pro imperialista, e derrotando o regime de “apartheid” que mantém sobre os palestinos; o que é inseparável da luta por derrotar a dominação imperialista sobre a região. Os socialistas revolucionários consideramos que essa grande tarefa histórica só pode ser resolvida com a estratégia e os métodos da revolução proletária, impondo um único Estado: uma Palestina operária e socialista sobre todo o território histórico da Palestina, no caminho a constituir uma Federação de Repúblicas Socialistas do Oriente Médio.

13. Nenhuma confiança no papel dos governos árabes surgidos para desviar os processos de levantamento de massas e atados por mil compromissos ao imperialismo e aos pactos com Israel. A política de “mediação” de Mursi aponta a conter os palestinos e garantir a segurança de Israel (ainda que prometa evitar sua invasão terrestre) e vai contra a possibilidade de que os palestinos obtenham um triunfo em sua luta. Na região, o grande aliado do povo palestino é a classe operária, que no Egito, com sua participação na derrubada da ditadura e as inumeráveis lutas que vem dando desde então, está começando a mostrar seu enorme potencial revolucionário. A classe operária deve tomar como sua a causa palestina e a luta contra o imperialismo e seu agente israelense, pondo-se a frente da aliança das massas árabes oprimidas e exploradas.

21-11-2012

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