TRIUNFO EM GESTAMP NA ARGENTINA
Roberto Amador, depois de sair da grua de Gestamp: "Logramos um grande triunfo, conquistamos a conciliação obrigatória com todos os demitidos dentro da fábrica"
01/06/2014
(Escobar, 31/5/14) Roberto Amador, um dos 9 trabalhadores que permaneceram por mais de 4 dias no alto da ponte grua da empresa Gestamp, reivindicando sua reincorporação, declarou que “conseguimos um grande triunfo porque com nossa luta obrigamos o Ministério do Trabalho da Província a decretar a conciliação obrigatória [1], com todos os demitidos em nossos postos de trabalho, por 15 dias úteis. É exatamente o que o SMATA se vinha negando a pedir desde que a empresa nos demitiu de forma totalmente injusta e discriminatória, e quando começamos nossa luta”.
Agregou que, “demonstramos ã empresa, ao SMATA e ao governo provincial e nacional, que a luta dos trabalhadores pode vencer todos os que pretendem que a crise seja paga pelos próprios trabalhadores. Vamos nos mobilizar na segunda-feira para assegurar-nos de que a empresa cumpra a resolução do Ministério”.
Finalizou assinalando que “agradecemos a enorme rede de solidariedade e apoio que tivemos, com dezenas de organizações de trabalhadores, organismos e personalidades de direitos humanos, deputados provinciais e nacionais, trabalhadores e estudantes de toda a Zona Norte de Buenos Aires e de todo o país, que nos bancaram e aguentaram desde fora da fábrica, dando-nos ânimo e denunciando o tratamento desumano que recebemos quando não nos queriam dar de comer, ou quando nos cortaram a energia elétrica. O triunfo é de todos. Quero fazer menção especial ás comissões internas de Kraft, Donnelley, Pepsico, Lear, Printpack, Unilever, do SUTEBA Tigre e a todos os lutadores operários do Encontro Sindical Combativo da Zona Norte e a meus companheiros do PTS que, junto a outras organizações, garantiram os piquetes dia e noite durante estes longos quatro dias que estivemos aqui, na ponte grua. A todos os trabalhadores e lutadores, dizemos que não baixem os braços, que se pode parar a prepotência patronal, e as traições dos burocratas sindicais”.
NOTASADICIONALES
[1] Trata-se de uma trégua no conflito trabalhista pelo período de um mês, na legislação argentina