FT-CI

Brasil - Mais uma vez, terceirizados saem a luta na USP

Viva a luta dos terceirizados da BKM

21/09/2011

Por Diana Assunção, diretora do Sintusp e dirigente da LER-QI

Em abril deste ano lutavamos com mais de 400 trabalhadoras da empresa União, contra a terceirização, pelo pagamento do salário e efetivação das mesmas. Naquele momento explicavamos para as companheiras que o processo de terceirização é um ataque profundo ã classe trabalhadora, pois divide suas forças, precariza as relações de trabalho e impede a organização política dos trabalhadores. Mesmo assim, as trabalhadoras da União passaram por cima da burocracia sindical e se auto-organizaram, junto ao Sintusp, para exigir seus direitos. Com o apoio de centenas de estudantes, professores e juristas impuseram uma derrota ã Reitoria: de que fosse ela, apesar de "teoricamente" não ser responsável pelo pagamento direto dos funcionários terceirizados, a que pagasse todos os atrasos arcando com a responsabilidade de ter contratado estas empresas. Depois desta luta, a USP não poderia ser mais a mesma, e nenhuma luta de trabalhadores terceirizados poderia começar do zero. Para auto-organizar-se, já havia a referência à luta da Dima, em 2005, quando os trabalhadores se organizaram em comitês e linhas de frente. Em 2011, com a União, avançaram para tornar-se pauta nacional colocando como centro a luta pela efetivação dos terceirizados, conseguindo que intelectuais renomados e juristas assinassem um manifesto apoiando este programa.

Então, o que dissemos em 2005, durante todos esses anos e confirmou-se esse ano é que a terceirização, um dos pilares do "Brasil que avança", sustentado por condições precárias e semi-escravas de trabalho, deve ser atacada em sua raiz, portanto deve ser combatida em toda a linha. Neste sentido, lutamos ao lado dos trabalhadores por seus direitos mais elementares, como o pagamento de salários e benefícios, mas exigimos a efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público, como parte da luta contra a exploração capitalista. Desde segunda-feira os 20 trabalhadores terceirizados da BKM, que fazem serviço de jardinagem na USP, estão paralisados por conta de salários atrasados, demonstrando que a terceirização é um "círculo vicioso" de super-exploração, onde a USP continua contratando as empresas mesmo sabendo que, em algum momento, estas vão "sumir" com o dinheiro dos trabalhadores. Estes jovens trabalhadores da BKM que estão expostos ã péssimas condições de trabalho, como contato direto com cobras sem ter proteção, ou exposição a ferramentas cortantes, mostraram toda sua combatividade ao ocupar a sala administrativa da Prefeitura do Campus, junto com diretores do Sintusp e estudantes que apóiam sua luta. A Guarda Universitária, como já vem fazendo há algum tempo, cumprindo papel de "polícia da Reitoria" agrediu diretores sindicais que estavam ali para apoiar a luta.

Também como na luta da União, foi fundamental a presença massiva de estudantes, que organizaram um ato que emocionou todos os trabalhadores terceirizados. A ocupação se mantém firme até o pagamento dos salários, que a Reitoria anunciou que faria hoje. Seguiremos organizando esta luta para levá-la até a vitória, assim como uma enorme campanha contra a terceirização e pela efetivação dos terceirizados, coordenadando-se com as outras lutas que estão em curso em todo o país. Hoje ás 12h haverá um importante ato em solidariedade aos terceirizados, em frente a Reitoria da USP, convocamos a todos e todas.

Visite: www.ler-qi.org

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)