FRANÇA PERSEGUIÇÃO
Escandalosa condenação a prisão de um militante da Juventude do NPA
02/04/2015
Regional de Haute Garonne del NPA [NPA-31], Toulouse
Hoje se publicou a sentença de segundo grau do julgamento de nosso companheiro Gaëtan, militante da Juventude do NPA em Toulouse, condenado a 2 meses de prisão (pena condicional) e uma multa de 1100 euros, por ter participado em dezembro de 2014 em uma manifestação depois do assassinato de Rémi Fraisse (joven ecologista morto pela policía em Sivens, perto de Toulouse, uma zona em que ia contruir-se uma represa). Se este julgamento em primeiro grau já era abusivo e ilegítimo, o veredito do proceso em segundo grau é simplesmente escandaloso, já que dão a Gaetan uma pena agravada, com dois meses de prisão efetiva, quatro meses de prisão condicional e uma multa de 1100 euros. Isto se explica em parte porque se manteve uma acusação de violencia voluntária contra um agente policial, uma artimanha judicial sem fundamentos. A outros manifestantes confirmaram esta quarta-feira as penas de prisão efetiva que já haviam sido ditadas em dezembro durante o julgamento em primeiro grau.
Tudo isto se leva a cabo em um contexto de escalada repressiva e de criminalização crescente dos movimentos sociais, marcado pelo despejo policial da ZAD (Zona ocupada pelos opositores da represa) de Sivens, o destacamento de forças considerado “normal”, de agora em diante, de forças de repressão durante as manifestações de Toulouse, a expulsão da CGT da Bolsa do Trabalho, a proibição de uma reunião pró-Palestina da campanha BDS. Tudo isto, obviamente, no marco do famoso espírito do “11 de janeiro” (o clima de unidade nacional depois dos atentados de Paris).
A mensagem que o governo quer comunicar é que quem se atrever a desafiar as medidas de exceção, pagará muito caro. O NPA condena firmemente este julgamento e chama todas as organizações políticas, sindicais, associações de defesa dos direitos humanos a fazer o mesmo, a reativar as frentes de luta contra a repressão para opor-se a esta escalada e defender nossos direitos democráticos de nos manifestarmos e lutarmos.