FT-CI

Escócia

Escócia: o dia depois do Referendo

24/09/2014

Escócia: o dia depois do Referendo

Por La Izquierda Diario

Apesar de que o “Não” ganhou com una margem de 10%, o futuro do Reino Unido não está livre de tormentas. O resultado do referendo que deixou muitos políticos em claro durante toda a noite, foi uma notícia tranquilizadora para o primeiro-ministro, David Cameron, cuja continuidade no governo estava na corda bamba. Por sua vez, a rainha Elizabeth expressou que a notícia era um “alívio”.

O resultado do referendo que deixou muitos políticos em claro durante toda a noite, foi uma notícia tranquilizadora para o primeiro-ministro, David Cameron, cuja continuidade no governo estava na corda bamba. Por sua vez, a rainha Elizabeth expressou que a notícia era um “alívio”.

Com a totalidade das mesas apuradas, o “Não” conseguiu obter 55.30% dos votos enquanto que o “SIM” por sua vez alcançou 44,70%. Na longa noite escocesa os partidários de ambas as posições esperavam com ansiedade o resultado da consulta. As 1h30 da manhã se tornou público o primeiro resultado, do distrito de Clackmannanshire. Esse condado, empobrecido, havia sido considerado pelos independentistas como território seguro. Mas não foi assim, anunciavam de certo modo o resultado final.

Com uma alta participação de votos, cerca de 85,5% do eleitorado, o êxito não faz desaparecer da cena os problemas políticos que o primeiro-ministro britânico enfrenta. Não são só rosas para Cameron, golpeado por várias frentes.

Em primeiro lugar porque tem que agradecer ao seu rival, Gordon Brown, por ter conseguido girar o barco após uma pesquisa que colocava o “Sim” como vencedor. Parte dos votos do “Não” se deve ao ex-premiê trabalhista, que se negou a compartilhar a plataforma com os conservadores e outras forças da campanha “Melhor Juntos”.

As concessões que Cameron se viu obrigado a fazer para impulsionar o “Não” e não ver sua cabeça cair, lhe rendeu críticas do setor mais duro de seu partido. Aqueles que veem no premie um líder moderado, a favor da UE e fácil de fazer concessões são uma frente interna a convencer. Por outro lado, é um terreno fértil para o xenófobo e anti-europeísta UKIP.

A apenas 6 meses das eleições gerais Cameron terá pouco tempo apara recompor sua desgastada liderança. O que conta a seu favor é que não tem quem dispute o seu papel, já que o prefeito de Londres, o excêntrico Boris Johnson, não se propôs a enfrentá-lo.

Dos 32 distritos eleitorais, o “Sim” ganhou em 4 regiões: Glasgow, Dundee, North Lankarshire e West Dunbartorshire; enquanto que no Inverclyde a diferença porcentual foi de apenas de 0.16 a favor do “Não”.

As cinco são regiões operárias, no caso de Invercycle, se tatá de uma cidade com um passado industrial agora castigada com o desemprego e a pobreza. Por sua vez, em Dundee, bastião do Partido Nacional Escocês (SNP) a participação de votos foi menor ã esperada e junto com Glasgow são os distritos com maior representação das forças de esquerda. O curioso é que os avanços feitos pelo SNP nos últimos anos se mantiveram, mas não foram suficientes para conquistar novos territórios e mudar a tendência nacional.

Um Salmond cabisbaixo ao reconhecer o resultado do referendo enviou uma mensagem a Wetminster, exigindo que as promessas fossem cumpridas o mais rápido possível. Porém, sua declaração “A Escócia decidiu por maioria, nessa etapa, não se converter num país independente”, parecia dizer que não está disposto a levar adiante a campanha pela independência.

Os líderes dos partidos britânicos mais importantes firmaram um documento no qual se comprometeram a devolver poderes a Escócia e outras regiões. Apenas souberam dos resultados do referendo, anunciaram que a Escócia receberá maior financiamento de Westminster em outubro se apresentaram os alinhamentos da devolução de poderes, e em janeiro se apresentará um rascunho da lei na qual se formularão as políticas concretas que serão votadas no parlamento após das eleições gerais de 2015.

Estes esboços de medidas são a confirmação da tão pronunciada frase “Acontece o que acontecer, nada voltará a ser igual no Reino Unido” Como evidenciam as primeiras horas apenas tornado público o referendo, a classe política britânica não lhes apresenta um caminho fácil daqui até as eleições.

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Jornais

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)