ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Esquerda avança.... em base ã conciliação de classes
10/11/2012
As votações do PSOL e em segundo lugar do PSTU precisam ser analisadas profundamente, pois ocorreram em meio a um salto de transformação do PSOL como um partido reformista eleitoral e defensor da conciliação de classes, e ao mesmo tempo por um PSTU que mesmo falando em “independência de classe” abandonou a estratégia marxista em nome de eleger vereadores e seguir em suas alianças com o PSOL e o PCB – partidos de conciliação de classes entre o proletariado e a burguesia.
Um PSOL reformista e aliado ã burguesia ocupa um espaço eleitoral do petismo
Em várias cidades o PSOL mostrou sua verdadeira face, coligando-se com partidos burgueses e direitistas como PSDB, DEM, PMDB, PDT e, retornando a suas origens petistas, também com o PT (e o PCdoB). A direção do PSTU escamoteia a realidade ao considerar o PSOL como um “partido socialista”, da “classe operária”, quando este partido se “orgulha” de dizer que não é revolucionário nem proletário, é um “partido da ética” ou “oposição de esquerda” (o PT também era assim, por décadas, e terminou governando para os capitalistas e latifundiários).
O PSOL é, hoje, um partido reformista de composição social pequeno-burguesa, que tem como estratégia se “viabilizar” no capitalismo, no regime burguês. Mesmo as correntes ditas de “esquerda” do PSOL, afirmam este partido como “oposição de esquerda” aos governos de turno, nos marcos do regime capitalista, não um partido para a classe operária e a juventude (partido anticapitalista e antiburguês, para a luta revolucionária proletária). Falam de socialismo encobrindo a estratégia de conciliação com a burguesia. Contentam-se ganhando “espaço” eleitoral ã esquerda do PT para aparecer como alternativa de governos capitalistas – mas reproduzirão quando puder, junto ás alas direitas de seu partido o “modo petista de governar” que marcou a história de todas as correntes que compõem este partido desde os tempos em que conviviam de braços dados no PT e nas prefeituras e estados governados pelos petistas.
Como comerciantes de posições e cargos a direção majoritária do PSOL, liderada pela corrente Dissidência da Ação Popular Socialista (APS), o senador Randolfe (AP) e o deputado federal Ivan Valente (SP), esteve ã frente de ter sua candidatura de Belém financiada por grandes empresas e de abrir espaço em seu programa televisivo para Dilma e Lula não só declararem voto em Edmilson, mas para propagandearem os “méritos” de seu governo federal. No Amapá coligaram-se ao DEM e ao PSDB no segundo turno, depois de ter outro partido da oposição burguesa (PPS), como vice, e, eleito, seu candidato Clesio anuncia um governo de coalizão com estes partidos. Em outro estado do Norte, como parte das transações espúrias do senador Randolfe, fez parte da propaganda televisiva do candidato petista (em Rio Branco, capital do Acre)1 , metendo-se, inclusive, a teorizar barbaridades que deveriam entrar nos anais do charlatanismo no movimento operário. Randolfe, para justificar o governo de coalizão em Macapá, afirma que seus aliados burgueses deixaram de ser burgueses: “Se alguém apóia um governo de esquerda é porque se converteu ao nosso programa. Não há luta de classes quando a burguesia apóia as reivindicações do proletariado. Aí a burguesia deixa de ser burguesia.”2
CST e MES, morenistas do PSOL: liquidando-se como tradição trotskista
A maioria das correntes internas do PSOL, das mais ã direita como o MES (MST argentino) de Luciana Genro que já havia aceitado financiamento da burguesia em Porto Alegre e usado líderes petistas em suas campanhas eleitorais (no caso o atual governador do Rio Grande do Sul e pai de Luciana, Tarso Genro), ás mais “resistentes” ao giro ã direita como a CST (UIT) de Babá, todas soltaram notas unitárias em crítica ás políticas de Macapá e Belém. Denunciam o desrespeito ás instâncias partidárias, pois as coligações com a direita tradicional e com o governismo, ambas desrepeitavam resoluções congressuais e não foram aprovadas em reuniões nacionais. Estas correntes falsificam os fatos. Desde o III Congresso Nacional do PSOL, em dezembro de 2011, todas as correntes aceitaram – porque nenhuma fez campanha séria contra – a “política de alianças” deste partido para as eleições de 2012. Lá está claríssima a possibilidade de alianças com os partidos que “compuseram a base de sustentação da chamada ‘Frente Popular’ na década de 90 como, por exemplo, o PT, PSB, PCdoB, PPS e PDT”. Dependente apenas de “critérios políticos e sociais da realidade local e nacional”, deixando as mãos livres para os verdadeiros “senhores” do partido (parlamentares e correntes políticas) consagrarem todo tipo de coligações. Em nota pública em julho passado, o partido divulgou essas deliberações3.
Ademais da crítica a estas coligações e método de aprovação das mesmas, nenhuma destas correntes rompeu sequer no plano tático com as candidaturas de Macapá e Belém. A CST chamou voto crítico em ambas, para isto ver “Não fazemos campanha com Lula” sobre Belém4 e “Declaração da CST-Amapá frente ao segundo turno”5 . Não foi só no plano tático que não romperam. A CST não denunciou em nenhum material que Edmilson já fizera um governo que havia atacado os trabalhadores. Este silêncio é explicável pela atuação que teve a CST na campanha carioca de Marcelo Freixo que eles embelezaram o tempo todo e usaram esta suposta campanha de esquerda para fazer luta política com Edmilson. Freixo teve uma campanha apoiada por vereadora do PSDB, em seu programa não aparecia nenhuma reivindicação dos trabalhadores, fosse salário, moradia ou emprego e havia se pronunciado em meio a greve do funcionalismo atacada por Dilma que “dependendo da situação” também cortaria ponto de grevistas6 .
PSTU e suas alianças com conciliadores
O PSTU continua estrategicamente seu seguidismo ao PSOL, cada vez mais oportunista, buscando “espaços” no parlamento e no regime. Daí toda a “felicidade” em ter eleito dois vereadores, não importando como. Continua reproduzindo sua velha história de seguidismo ao PT, que resultava cabalmente em participação nas frentes populares – órgãos duradouros de colaboração de classes reunindo reformistas e centristas, até mesmo burgueses7 . . O PSTU tem como marca em sua história o “seguidismo ao PT” (e suas correntes ditas “esquerda petista)”, ã espera de “ocupar o espaço ã esquerda do PT”, depois da expulsão da Convergência Socialista. Em 1994, poucos meses após ser fundado, o PSTU compôs a “Frente Brasil Popular pela Cidadania”, que tinha Lula como candidato a presidente e Bisol como vice. Este último era um desembargador conhecido por ter aposentadorias milionárias, além de grande proprietário de terras. Era do PSB, o partido burguês da frente popular. Nesses tempos a direção do PSTU também esgrimia uma caracterização “especial” do PT e de Lula – “partido de classe” e “legítimo representante classista e socialista dos trabalhadores”. Esse mascaramento do PT e de Lula servia para justificar, perante a militância e os setores críticos, a participação nas frentes populares como se fossem“frentes classistas”8. O mesmo se fez com o PSOL e Heloisa Helena, quando a direção do PSTU colocava em seu jornal que Heloisa era a “candidata da classe trabalhadora”, quando ela se colocava contra o direito ao aborto, defendia a “Lei” contra o MST e apoiava a patronal da Volkswagen frente a milhares de demissões.
Belém ou a atualização das táticas sem principio pelo PSTU
O PSTU conseguiu um feito nestas eleições, elegeu dois vereadores. Um deles, Cleber, dirigente dos operários da construção civil foi eleito pela frente de Belém. A outra vereadora eleita foi Amanda Gurgel, professora que ficou famosa após vídeo de denúncias da situação da educação no país e descaso com as mesmas pelos governos e parlamentares9 . Estes resultados ocorreram, no entanto, em meio a uma vergonhosa capitulação ã conciliação de classes na mais importante eleição para esquerda em todo o país, em Belém do Pará.
A direção do PSTU fez de tudo para pintar a coligação “Belém nas mãos do Povo”, encabeçada pelo PSOL e com o vice do PCdoB (partido reformista cada vez mais burguês e corrupto, de conciliação com o imperialismo, a burguesia e os latifundiários), como uma “frente classista”, cujas candidaturas representavam “os trabalhadores”. O candidato do PSOL – Edmilson, da Dissidência da APS –, como já denunciamos em outro artigo (http://www.ler-qi.org/spip.php?article3627), já foi prefeito pelo PT em dois mandatos, e por isso o próprio PSTU já havia denunciado nos anos anteriores este petista como repressor de greves, administrador do capitalismo. Porém, para perseguir seus objetivos eleitoreiros a direção do PSTU simplesmente “esqueceu” as denúncias que fazia contra Edmilson. Ou seja, mentiu aos trabalhadores e ã juventude (que precisariam ouvir a verdade porque não conheciam o “passado” de Edmilson), ajudando a enganá-los com a vergonhosa cantiga de que o PSOL e Edmilson, eleitos, significariam “os trabalhadores no poder” (tal foi sua agitação de massa em todos os meses prévios a outubro).
Ainda que no primeiro turno, em Belém, a frente eleitoral que reunia PSOL-PSTU-PCdoB não fosse composta por partidos burgueses, isso, por si, não permite a manobra da direção do PSTU de falsificar o caráter do PSOL e do PCdoB (que eram os “que mandavam”) como partidos de conciliação de classes. É uma vergonha vender esta frente pró-burguesa e antiproletária como uma frente “que representava os interesses dos trabalhadores”, quando os dois partidos “chefes” – que determinavam a “qualidade”, o programa e a estratégia da frente – são partidos reformistas, eleitoreiros e defensores de alianças com a burguesia. A direção do PSTU continua em sua “tática permanente” de constituir com reformistas e conciliadores “compromissos” que são, na verdade, políticas de frente popular, pensando que apenas por não haver qualquer partido burguês diretamente no “acordo” não se pode considerá-lo desta maneira. Hoje, na vida real e não nas fantasias oportunistas do PSTU, o PCdoB é ou não um instrumento da política capitalista-imperialista contra as massas? Nas cidades em que o PCdoB governou ou vir a governar (como em Contagem), este partido será instrumento da luta proletária ou da política capitalista-imperialista? Somente o PT seria instrumento da conciliação de classes?
Na história já vimos outros oportunistas fazendo “paródias do marxismo” ao afirmar que se não havia partidos burgueses não se teria frentes populares. Trotsky denunciava o partido comunista francês que “orgulhoso de haver tomado a iniciativa da colaboração de classes com a burguesia, mascarando a conciliação de classes com a falácia de que não havia partidos burgueses, apresentando a frente popular como a aliança do proletariado com as classes médias”10 .
A direção do PSTU passa por cima de ensinamentos básicos de Lenin (“A doença infantil do ultra-esquerdismo no comunismo”), que exige a mais absoluta coerência entre táticas e estratégia, e uma luta teórica e programática permanente contra todo tipo de reformismo, centrismo e oportunismo. Para a tática leninista a prioridade (objetivo) absoluta nunca era compor blocos e alianças com os reformistas. Primeiro havia “regras” principistas. E o primeiro princípio era não fazer alianças, blocos, com partidos burgueses. Em seguida, o partido precisaria manter a independência política, preservando sua mais completa liberdade de crítica, propaganda, agitação e ação política. Ou seja, sempre se deve dizer a verdade ás massas, principalmente porque um dos principais objetivos de Lenin era desmascarar os reformistas e não fazê-lo seria uma traição. A agitação e propaganda do PSTU em Belém dizia que “Cleber e Edmilson significariam os trabalhadores no poder”! Ou seja, um partido que se diz trotskista agitava nas eleições que é possível os operários chegarem ao “poder” por via eleitoral, sem revolução. E com um reformista pequeno-burguês encabeçando este “poder”! Haja oportunismo e traição de um dos deveres dos revolucionários nas eleições: desmascarar os reformistas!
Não serão frases vermelhas escritas em seu jornal Opinião Socialista, e menos ainda ditas entre quatro paredes em suas reuniões internas, o que amenizará a enorme pressão liquidadora do Estado burguês sobre as organizações que sonham em utilizar-se (“aproveitar-se”) de suas brechas, sem preocupar-se de levar os métodos de classe para a batalha (que nesse caso se faz, por definição, no campo do inimigo).
O marxismo lê a realidade política (e a ela responde) de acordo com critérios de classe, não pelo formalismo.O PSTU quer justificar a manobra pela qual elegeu Cleber sem arcar com o custo de enlamear-se no governismo que abraçou a candidatura do PSOL, cria um raciocínio reducionista para tentar sair como “vítima” de uma traição. Segundo eles, o acordo seria “contra o governo estadual, contra Brasília”, e tornou-se subitamente “contra o governo estadual, com Brasília” e aí a poucos dias do segundo turno romperam a aliança mas chamaram “voto crítico” no mesmo Edmilson. O PSTU não se cansa de fingir-se “surpreso” quando seus aliados permanentes (ontem o PT, hoje o PSOL) são consequentes como reformistas e, não importa qual seja o “acordo” com o PSTU, buscarão apoio de quem for, seja governistas ou a oposição de direita, para ocupar seu espaço no regime. Lênin sempre abominou os “acordos secretos”, porque a direção do PSTU não mostra ã vanguarda o acordo para que todos cheguem a suas conclusões?
Aonde vai o PSTU?
O PSTU, que no plano internacional vem acumulando capitulações estratégicas frente aos primeiros fenômenos políticos e da luta de classes no marco da crise capitalista: foi entusiasta da “frente única objetiva” entre o imperialismo da OTAN e as “massas” na Líbia e na Síria; capitulou ã pressão eleitoral centro-esquerdista, chamando voto na coalizão Syriza na Grécia.
Essa deriva estratégica se expressa nacionalmente no desespero em ocupar o espaço eleitoral aberto no governo Dilma, como forma de tentar compensar as derrotas que vem sofrendo. Depois de fracassar na tentativa de formar um partido com a esquerda do PT, e logo em seguida na de formar uma central sindical com o PSOL; depois das derrotas em São José dos Campos, no caso da Embraer, por uma batalha não dada nas mais de 4000 demissões, e no caso da desocupação de 4 mil famílias no Pinheirinho não ter conseguido mobilizar os trabalhadores da base do sindicato de metalúrgicos que dirige.... o PSTU abandona pela primeira vez sua consigna histórica, que mesmo que limitadamente expressava um nível de classismo, de “Contra burguês, vote 16”, para ocupar um espaço eleitoral ao invés de utilizar-se das eleições como tática na estratégia de construir um partido leninista baseado na luta de classes.
Podemos encontrar em nosso país vizinho exemplos de como utilizar as táticas eleitorais a serviço da estratégia revolucionária. Na Argentina, um exemplo de como a FIT levou a frente esta necessidade estratégica de combater a conciliação de classes, combatendo Pino Solanas, Binner, e outros candidatos que tentavam mostrar-se de esquerda mas defendiam os interesses da burguesia, podemos encontrar um programa classista e mais que isto através da atuação do PTS na FIT podemos encontrar uma relação saudável entre partido e setores independentes da vanguarda dos trabalhadores, como os independentes da agrupação Marrón que conduzem junto ao PTS o sindicato ceramista de Neuquén que incorporaram-se a FIT com candidatos próprios em base a um acordo programático. Deste modo mostra-se também o avesso do que prática o PSTU no Brasil como um avanço do PTS, e da FIT de conjunto, pode ser também um avanço de setores da própria classe trabalhadora.
Notas
1. E ele justificou abertamente seu tráfico de posições em nome de apoios, em carta respondendo a crítica da direção regional do Acre que se viu atropelada por seu apoio e ele afirmou: “Aproveitamos para esclarecer que consideramos um erro ter declarado apoio ao candidato do PT em Rio Branco sem ter antes conversado com nossa direção local. Esta postura foi motivada pela necessidade de vencer o crime organizado naquele estado e pela repercussão positiva que este gesto teria nos possíveis apoios do PT em Macapá e em Belém”. Carta de Randolfe e Clécio ao Partido, publicado no blog do senador: http://blogdorandolfe.com.br/
2. Nota da Carta Capital sobre Randolfe, as alianças e o debate interno do PSOL republicada no blog do próprio Randolfe. “Após vitória em Macapá, PSOL discute alianças e como governar”, ver em http://blogdorandolfe.com.br/
3. Nota da Direção Nacional sobre a política de alianças do PSOL. 18/07/2012. http://psol50.org.br/blog/2012/07/18/congresso-nacional-do-psol-estabeleceu-a-politica-de-aliancas-do-partido-para-as-eleicoes-de-2012/
4. http://www.cstpsol.com/viewnoticia.asp?ID=344
5. http://www.cstpsol.com/viewnoticia.asp?ID=343
6. Para ver este embelzamento de Freixo em meio a luta política da CST ver ““Para eleger Edmilson Rodrigues é preciso mudar radicalmente a campanha e garantir uma vitória do PSOL e dos trabalhadores em Belém”, publicado no site da CST em 17/10, ver: http://www.cstpsol.com/viewnoticia.asp?ID=341. Para uma crítica a campanha de Freixo ver http://ler-qi.org/spip.php?article3633.
7. Usaremos o conceito de frente popular neste artigo neste sentido específico de um bloco, frente que tenha como política conduzir os trabalhadores ã conciliação de classes, sendo este bloco/frente composto pela burguesia diretamente ou somente por seus advogados, defensores, suas “sombras” nos dizeres de Trotsky, e partidos operários. Não estamos utilizando no sentido de última alternativa da burguesia antes do fascismo – ou seja ligado a última situação da luta de classes – como faz Trotsky em diversos textos ou na acepção de frente-popular em forma de partido que havia dado o mesmo Trotsky a partidos como o APRA peruano, que continham dentro de si uma frente popular, e que poderiam tomar o poder de forma revolucionária se quisessem mas não o faziam por suas direções burguesas.
8. “Que o PSTU rompa já com a ‘Frente Brasil Popular pela Cidadania’”. Dezembro de 1994. Publicado em Nossa luta pela independência de classe e o internacionalismo proletário, no PSTU, dossié de textos de luta interna de Claudionor Brandão e outros camaradas desde a fundação do partido até a expulsão em outubro de 1999.
9. Há diversos vídeos na internet com entrevistas e debates do candidato a prefeito da Frente Ampla de Esquerda em Natal, cidade onde Aamnda Gurgel elegeu-se na frente PSOL e PSTU. O candidato a prefeito do PSOL, Roberio Paulino, mostrou um discurso “burguês” eleitoral, “para o povo”, prometendo “obras” e “soluções viáveis” – governo burguês – e vendendo um “novo jeito de fazer política” (a tese fundamental do PSOL). A clase operária não aparece. Nenhum conteúdo classista, anticapitalista e antiburguês. Ao contrário, defendendo as instituições da prefeitura, ou seja, os organismos governamentais burgueses. Nem sequer denúncias firmes do governo federal e das oligarquias regionais. Defendem as obras da Copa e critica “a falta de diálogo” e “boa indenização”, por exemplo, para desalojar os moradores em benefício dessas “obras”. Para “livrar a cara”, Roberio se solidariza com a greve dos servidores, único momento em que os trabalhadores aparecem. Essa era a real agitação, que cabeeria na boca de qualquer candidato burguês, que a frente do PSOL com o PSTU levou adiante para milhares de trabalhadores, jovens e pobres, deseducando-os de uma perspectiva classista, antiburguesa e anticapitalista. http://www.youtube.com/watch?v=GtVoQhJH5Z0&feature=related
10. Leon Trotsky. Aonde vai a França? A França na encruzilhada. Editora Kiron. 2012. Pg. 218.