FT-CI

[Portugués]

Na rota da revolta do vinagre, Brasília vive um dia histórico

19/06/2013

Brasília integrou-se ás massivas manifestações nacionais e viveu sua segunda-feira histórica.

Neste caso, a mesma imprensa reacionária local, que bateu de frente contra as manifestações no dia do jogo da Copa (Brasil-Japão), dias atrás, foi a mesma que não pôde se furtar de noticiar os eventos históricos de ontem ã noite, na terceira manifestação em poucos dias, agora com mais de 12 mil manifestantes marchando para o congresso nacional e finalmente ocupando o gramado em frente, a entrada principal e a “laje” das duas cúpulas do poder legislativo, aqui em Brasília. Segundo esta imprensa local:

“Símbolo do Poder Legislativo, o Congresso Nacional teve a plataforma superior, onde estão as cúpulas da Câmara e do Senado, invadida por manifestantes ás 19h20 de ontem, no dia mais tenso dos protestos na capital federal, e que se alastraram por todo o país”. (…) “O repertório dos “homenageados” pelo protesto era imenso. Sobrou para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para a presidente Dilma Rousseff. O atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) – que no início do ano enfrentou protestos para que renunciasse ao cargo –, foi xingado, bem como seu antecessor, José Sarney (PMDB-AP). Os jovens exigiram a saída dos deputados mensaleiros e a renúncia do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marcos Feliciano (PSC-SP). (Gritavam) `Voto secreto não, eu quero ver a cara do ladrão´. Também eram contra a PEC 37, que tira o poder do Ministério Público de fazer investigações”.

A partir daí os lugares comuns da mídia e da polícia, andam de mãos dadas: minimizar a ação truculenta da polícia, adulterar para menos o número de manifestantes, achar “vândalos” em cada sombra que se move, além da patética tentativa de reduzir essa revolta nacional de mais de 300 mil brasileiros a um protesto “cívico”. O governador do DF, um profissional do oportunismo político – além de corrupto – chegou a falar em movimento comprado, como se uma vaia de mais de 20 mil contra Dilma pudesse ser comprada (aliás, comprar mandatos, esta sim é uma operação que é regra entre os políticos que a multidão revoltada quer precisamente ver fora do poder).

De toda forma, a verdade de ontem é que não há precedentes para essa manifestação.

Evidentemente já ocorreram marchas maiores em Brasília e certamente grupos de centenas já invadiram o congresso nacional (MLST em 2006, índios há poucas semanas, para citar alguns exemplos). Mas o de ontem não se viu antes por aqui: a ocupação das cúpulas do congresso, por parte de fileiras de centenas e centenas, na condição de fração mais avançada de uma marcha de 12 mil que clamavam contra as instituições da burguesia. Além da ocupação da entrada principal e do gramado em frente e da satisfação estampada em cada face por ocupar um dos centros do poder nacional corrupto e de classe.

E, ao lado disso, o pavor de Dilma ali ao lado que, enquanto a juventude ocupava o telhado do congresso (ali pelas 19 horas da noite), tratou de fugir do palácio do Planalto e chamar diretamente o exército para defender o centro do poder executivo; o próprio governador, quando o presidente em exercício da Câmara apelou a ele por mais efetivos policiais no congresso, respondeu reforçando a polícia do … palácio do Planalto. Toda uma tentativa de dissuadir uma parte da multidão que ameaçava invadir o palácio da Dilma, o que criaria um embaraço ainda mais profundo para o governo. Tem razão um jovem professor de história do segundo grau que ontem declarou eufórico diante do congresso nacional tomado por cidadãos comuns: ”É a primeira vez que fazemos isso, tomar o Congresso Nacional”.

De nada adiantou, por outro lado, que a contumaz turma do “deixa disso”, na figura dos três senadores Eduardo Suplicy (PT-SP), Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE) tentassem dissuadir os manifestantes: foram vaiados como todos os demais políticos e se recolheram ã sua insignificância – diante da multidão revoltada -, e saíram resmungando que o movimento não tinha líderes disponíveis para o diálogo.

Nesta quinta-feira ás 17 horas está prometida outra marcha em meio a um quadro político onde o governo não encontra um discurso comum para além da postura perplexa e defensiva de todo o alto escalào que agora finalmente considera o movimento “legítimo” enquanto prepara sua polícia para continuar prendendo, provocando e reprimindo o mais elementar direito democrático na primeira oportunidade que puderem. No nosso país, o colapso da educação, saúde, transportes e infraestrutura são parte essencial de um modelo que por mais colorido que seja – pelo crédito lulo-dilmista ao consumo, por bolsa isso ou aquilo – parece estar encontrando seu limite diante de um mundo tomado pelas “primaveras” e “turquias” mundo afora.

Fuente: http://blogiskra.com.br/

Notas relacionadas

No hay comentarios a esta nota

Periodicos

  • PTS (Argentina)

  • Actualidad Nacional

    MTS (México)

  • EDITORIAL

    LTS (Venezuela)

  • DOSSIER : Leur démocratie et la nôtre

    CCR NPA (Francia)

  • ContraCorriente Nro42 Suplemento Especial

    Clase contra Clase (Estado Español)

  • Movimento Operário

    MRT (Brasil)

  • LOR-CI (Bolivia) Bolivia Liga Obrera Revolucionaria - Cuarta Internacional Palabra Obrera Abril-Mayo Año 2014 

Ante la entrega de nuestros sindicatos al gobierno

1° de Mayo

Reagrupar y defender la independencia política de los trabajadores Abril-Mayo de 2014 Por derecha y por izquierda

La proimperialista Ley Minera del MAS en la picota

    LOR-CI (Bolivia)

  • PTR (Chile) chile Partido de Trabajadores Revolucionarios Clase contra Clase 

En las recientes elecciones presidenciales, Bachelet alcanzó el 47% de los votos, y Matthei el 25%: deberán pasar a segunda vuelta. La participación electoral fue de solo el 50%. La votación de Bachelet, representa apenas el 22% del total de votantes. 

¿Pero se podrá avanzar en las reformas (cosméticas) anunciadas en su programa? Y en caso de poder hacerlo, ¿serán tales como se esperan en “la calle”? Editorial El Gobierno, el Parlamento y la calle

    PTR (Chile)

  • RIO (Alemania) RIO (Alemania) Revolutionäre Internationalistische Organisation Klasse gegen Klasse 

Nieder mit der EU des Kapitals!

Die Europäische Union präsentiert sich als Vereinigung Europas. Doch diese imperialistische Allianz hilft dem deutschen Kapital, andere Teile Europas und der Welt zu unterwerfen. MarxistInnen kämpfen für die Vereinigten Sozialistischen Staaten von Europa! 

Widerstand im Spanischen Staat 

Am 15. Mai 2011 begannen Jugendliche im Spanischen Staat, öffentliche Plätze zu besetzen. Drei Jahre später, am 22. März 2014, demonstrierten Hunderttausende in Madrid. Was hat sich in diesen drei Jahren verändert? Editorial Nieder mit der EU des Kapitals!

    RIO (Alemania)

  • Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica) Costa Rica LRS En Clave Revolucionaria Noviembre Año 2013 N° 25 

Los cuatro años de gobierno de Laura Chinchilla han estado marcados por la retórica “nacionalista” en relación a Nicaragua: en la primera parte de su mandato prácticamente todo su “plan de gobierno” se centró en la “defensa” de la llamada Isla Calero, para posteriormente, en la etapa final de su administración, centrar su discurso en la “defensa” del conjunto de la provincia de Guanacaste que reclama el gobierno de Daniel Ortega como propia. Solo los abundantes escándalos de corrupción, relacionados con la Autopista San José-Caldera, los casos de ministros que no pagaban impuestos, así como el robo a mansalva durante los trabajos de construcción de la Trocha Fronteriza 1856 le pusieron límite a la retórica del equipo de gobierno, que claramente apostó a rivalizar con el vecino país del norte para encubrir sus negocios al amparo del Estado. martes, 19 de noviembre de 2013 Chovinismo y militarismo en Costa Rica bajo el paraguas del conflicto fronterizo con Nicaragua

    Liga de la Revolución Socialista (LRS - Costa Rica)

  • Grupo de la FT-CI (Uruguay) Uruguay Grupo de la FT-CI Estrategia Revolucionaria 

El año que termina estuvo signado por la mayor conflictividad laboral en más de 15 años. Si bien finalmente la mayoría de los grupos en la negociación salarial parecen llegar a un acuerdo (aún falta cerrar metalúrgicos y otros menos importantes), los mismos son un buen final para el gobierno, ya que, gracias a sus maniobras (y las de la burocracia sindical) pudieron encausar la discusión dentro de los marcos del tope salarial estipulado por el Poder Ejecutivo, utilizando la movilización controlada en los marcos salariales como factor de presión ante las patronales más duras que pujaban por el “0%” de aumento. Entre la lucha de clases, la represión, y las discusiones de los de arriba Construyamos una alternativa revolucionaria para los trabajadores y la juventud

    Grupo de la FT-CI (Uruguay)